Risco de morte na estrada é 30% superior nos jovens

Risco de morte em acidentes rodoviários entre jovens é 30% superior ao do resto da população. Realidade também é explicada por cinco grandes "factores de risco": velocidade, álcool, telemóvel, fadiga e a não utilização do cinto de segurança

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tookapic/Pixabay

O risco de morte em acidentes rodoviários entre jovens dos 18 e os 24 anos é cerca de 30 por cento superior ao da restante população, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Curiosamente, já em 2014 a entidade lançava o mesmo alerta. Esta terça-feira, o organismo apresenta as estatísticas da sinistralidade rodoviária envolvendo jovens durante a cerimónia de lançamento da edição de 2016 do programa de segurança rodoviária "BP Segurança ao Segundo", destinado a futuros condutores. Com base no historial dos acidentes dos jovens entre os 18 e os 24, a ANSR indica que a maioria dos acidentes, com mortos ou feridos graves, são despistes, ocorrem dentro das localidades, durante a noite e a madrugada, sobretudo aos fins de semana.

De acordo com a ANSR, esta realidade é explicada pela "inexperiência dos jovens condutores, as suas características psicológicas e pelos cinco principais factores de risco identificados para esta faixa etária: velocidade, álcool, telemóvel, fadiga e a não utilização do cinto de segurança". Perante estes dados, a sensibilização dos jovens e futuros condutores para as questões da segurança na estrada "é de extrema relevância e preocupação por parte da administração central" e do "sector empresarial que tem desenvolvido todos os esforços para ajudar a combater os níveis de sinistralidade registados na faixa etária entre os 14 e os 18 anos e os seus principais factores de risco", adianta a ANSR.

Nesse sentido, realiza-se desde 2012 esta campanha rodoviária para sensibilizar os futuros condutores, tendo já envolvido mais de três mil jovens e quase duas centenas de escolas secundárias. A sessão de apresentação da campanha, que se realiza nas instalações da ANSR, nos arredores de Lisboa, conta com a presença do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.

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