Richard McGuire recebe Fauve d’Or para melhor álbum de BD em Angoulême

O Fauve Polar-SNCF foi atribuído a Tungsténio, do brasileiro Marcello Quintanilha que está editado em Portugal.

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Uma das pranchas do álbum Here de Richard McGuire dr

O autor de banda-desenhada norte-americano Richard McGuire recebeu no sábado o prémio Fauve d’Or para melhor álbum de BD do Festival Internacional de Banda-Desenhada de Angoulême, em França, pelo seu romance gráfico Ici (Gallimard).

Ici ou Here é um álbum de 300 páginas que dinamita os códigos clássicos da BD, conta a história de um lugar, visto do mesmo ângulo, e daqueles que o habitaram ao longo dos séculos. Neste espaço delimitado, cruzam-se existências, antes de se precipitarem no esquecimento. Artista inclassificável, Richard McGuire, 58 anos, consegue levar o leitor para uma experiência sensorial inédita, poderosa e quase mágica sobre a passagem do tempo. Concorriam ao prémio quarenta álbuns de Banda-Desenhada. O ano passado foi Riad Sattouf que recebeu este prémio pelo livro O Árabe do Futuro - Ser jovem no Médio Oriente 1978-1984 (editado em Portugal pela Teorema) sobre a sua infância passada na Líbia e na Síria.

Na edição deste ano, o prémio especial do júri foi para Carnet de santé foireuse (Delcourt) de Pozla, onde o autor de BD conta com humor e sem fardo os momentos que passou no hospital, em família e no trabalho desde que lhe foi diagnosticada a doença de Crohn.

O Fauve Polar-SNCF foi atribuído a Tungsténio, do brasileiro Marcello Quintanilha (editado em Portugal nas edições Polvo) enquanto o prémio da BD alternativa foi para a revista gráfica Laurence 666 editada pela Mauvaise Foi (um dos livros candidatos ao prémio de Melhor BD Alternativa deste ano era português: o QCDI #3000 - uma publicação conjunta entre o Clube do Inferno e a Chili Com Carne que foi lançado em Junho de 2015 no Festival Internacional de BD de Beja.

O prémio para melhor série foi atribuído ao primeiro tomo da série Ms Marvel (Panini) da americana Gwendolyn Willow Wilson e do canadiano Adrian Alphona. O prémio revelação, que distingue uma obra de um autor que está a começar o seu percurso artístico, é de Une étoile tranquille - Portrait sentimental de Primo Levi (Rackham) do italiano Pietro Scarnera.

O prémio do património foi atribuído a Vater und Sohn - Père et fils (Warum) dos alemães anti-nazis  E.O. Plauen e Erich Ohser. E o prémio do público recompensou Cher pays de notre enfance - Enquête sur les années de plomb de la Ve République (Futuropolis) de Etienne Davodeau e Benoît Collombat.

Notícia actualizada com informação do nomeado a um dos prémios

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