TAP, metro e STCP preocupam Área Metropolitana do Porto

Autarcas criticaram duramente decisões recentes da companhia aérea no Aeroporto Sá Carneiro.

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Tapa decidiu cortar ligações a quatro destinos na europa, a partir do Porto Manuel Roberto

O Conselho Metropolitano do Porto vai  "convocar" a administração da TAP para que esta explique os motivos que a levaram a ter decidido suspender quatro ligações de médio curso (Europa) de e para o Porto. Os autarcas temem a desvalorização desta infra-estrutura e, numa reunião realizada esta sexta-feira decidiram que vão também reunir-se com representantes das “forças vivas” de toda a região Norte para tentar pressionar a transportadora a reverter a sua decisão.

"Manifestamos a discordância relativamente àquela que foi a opção da TAP", disse o presidente do Conselho Metropolitano, Hermínio Loureiro, queixando-se de falta de diálogo por parte de “ uma empresa tão importante e relevante" que, garante, nunca o contactou, para explicar os seus planos. Os autarcas consideram que as decisões recentes da companhia vão em sentido contrário às indicações que foram sendo dadas pela ANA (entregue também a privados), que lhes afirmara sempre o interesse em reforçar a actividade neste aeroporto essencial para uma região com três milhões de habitantes, um sector turístico em crescimento e um sector exportador significativo.

O vice-presidente da Área Metropolitana e autarca de Santo Tirso, Joaquim Couto, considerou que o que está a acontecer no aeroporto é fruto da debilidade institucional da região, que não pode fragmentar-se nas críticas, alertou. A proposta do autarca, aceite pelos seus homólogos, passa por chamar “as forças vivas” dos Norte a tomar uma posição conjunta. "Não aceitamos e não admitimos qualquer enfraquecimento de uma estrutura tão importante como é o aeroporto Francisco Sá Carneiro", insistiu Hermínio Loureiro, que considerou “um disparate” as opções da TAP, que decidiu suspender as ligações directas do Porto a Bruxelas, Milão, Roma e Barcelona a partir de 27 de Março deixando a infraestrutura cada vez mais nas mãos de operadoras low-cost, lamentou o autarca da Maia, Bragança Fernandes.

Nesta reunião do conselho metropolitano, o autarca de Valongo, José Manuel Ribeiro, mostrou grande preocupação pela degradação do serviço da STCP, e pediu uma reunião urgente com a nova administração da empresa, liderada por Jorge Delgado. Nomeado na semana passada, este já deu conta da sua total disponibilidade para se reunir com este accionista regional, para discutir não apenas a situação da transportadora rodoviária, que o Governo entendeu manter na esfera pública, mas também o futuro da Metro do Porto, empresa cuja presidência acumula. Os autarcas esperam que o actual Governo consiga realocar fundos comunitários para a expansão da rede de metropolitano.

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