Candidatos da ala do PS estão “desorientados”, afirma Cândido Ferreira

Antigo presidente da distrital socialista de Leiria queixa-se da falta de apoio de um partido e da pouca atenção da comunicação social.

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Daniel Rocha

O candidato presidencial Cândido Ferreira, que já foi que já foi deputado municipal e presidente da distrital de Leiria do PS, considera que os candidatos da ala socialista estão "desorientados" e sem garantias de conseguirem vencer uma segunda volta.

"O PS, que está sem nenhuma referência, está desorientado e está com dois candidatos altamente fragilizados, sem que nenhum deles consiga vencer a segunda volta, se houver segunda volta", afirmou aos jornalistas o candidato. De visita à Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche, o Cândido Ferreira mostrou-se "convencido de conseguir essa tarefa", se tivesse contado com o apoio de um partido.

"Se eu tivesse tido o apoio de um partido, e só não tenho porque não sou pau mandado de ninguém, nem estou disposto a negociar esses apoios, teria tido um outro resultado, completamente diferente", defendeu.

O candidato apontou, também, falta de apoio mediático como factor prejudicial à sua campanha. "Estive sete meses e meio a fazer comunicados e acções de rua e a minha própria família pensava que eu tinha desistido da candidatura porque nada via", defendeu, acrescentando que "só começou a ser projectado pela comunicação social três ou quatro dias antes da sondagem efectuada".

Apesar disso, fez um balanço "positivo" da primeira semana de campanha, uma vez que "está a ser conhecido" e, "mesmo assim", tem encontrado na rua pessoas que lhe dizem que "é o candidato de que estavam à espera". Por isso, prometeu ser "detonador de projectos" e posicionar-se já a pensar numas "próximas" eleições.

"Depois de ter sido candidato à Presidência da República, entendo que não devo correr o mesmo risco de Mário Soares ou de Fernando Nobre, que vieram a ter funções partidárias. Os votos que as pessoas depositarem em mim é para integrar em causas cívicas, movimentos de cidadania e para defender o meu país e não é para defender qualquer formação partidária", disse.

Num dia dedicado às questões do mar e da agricultura, Cândido Ferreira alertou que o mar "está em perigo" pelas políticas defendidas pela União Europeia e não pode ser esquecido porque Portugal tem "40 vezes mais mar do que terra".

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