Bankinter abre sucursal em Portugal após compra do Barclays

Transferência do negócio bancário e segurador deverá ocorrer em Abril.

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Bankinter está mais perto da integração do Barclays.

O espanhol Bankinter abriu uma sucursal bancária em Portugal, um passo que acontece depois do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de Portugal (BdP) terem autorizado a compra do negócio de retalho do Barclays em Portugal.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) também já autorizou o Bankinter Seguros de Vida, sociedade controlada em partes iguais pelo Bankinter e pela Mapfre, a constituir a sucursal portuguesa, de forma a completar a aquisição do negócio de seguros de vida e pensões do Barclays em Portugal.

Obtidas as autorizações e cumpridos os requisitos legais, o grupo financeiro espanhol espera assumir em Abril o controlo dos negócios de banca de retalho, banca privada, banca de empresas e seguros de vida adquiridos ao Barclays em Setembro de 2015

De acordo com um comunicado divulgado esta quarta-feira, "a partir de agora, terá início o processo de integração, que durará cerca de doze meses, para incorporar equipas, equipamentos, sistemas operativos, plataformas tecnológicas, políticas e modelos de negócio das duas entidades bancárias".

O banco Espanhol refere que nos últimos meses “pôde confirmar que os negócios adquiridos ao Barclays em Portugal são uma excelente plataforma para acelerar a sua internacionalização e aproveitar as oportunidades de crescimento oferecidas pelo mercado português”.

Em termos gerais, o negócio de retalho do Barclays em Portugal integra uma carteira de créditos de 4881 milhões de euros, 2936 milhões de euros em activos geridos em contas extrapatrimoniais, uma rede de 84 balcões, uma equipa de 1000 colaboradores e 185.000 clientes, dos quais 20.300 são empresas.

Ainda de acordo com o comunicado, a aquisição permite ao Bankinter incrementar em 11,3% a sua carteira de créditos – que vale cerca de 47.993 milhões de euros; aumentar em 15% os activos geridos em contas extrapatrimoniais – que ultrapassam 23.000 milhões de euros, e aumentar 30% a carteira de clientes, que se cifrará em 812.000 clientes.

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