Ministro da Cultura diz que tem “muito orgulho” em apoiar Maria de Belém

Candidata contou com a presença de João Soares e de Vera Jardim na primeira acção de campanha das eleições presidenciais, que decorreu em Alpiarça.

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Maria de Belém esteve acompanhada por João Soares e Vera Jardim Adriano Miranda
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A candidata visitou o lar de idosos que funciona na Fundação José Relvas Adriano Miranda
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O ministro da Cultura, João Soares, elogiou, este domingo, em Alpiarça, o perfil, as qualidades e o percurso de Maria de Belém, sublinhando que “é a única candidata socialista presente nestas eleições com hipóteses de ser eleita Presidente da República”.

“[Maria de Belém] é uma mulher de convicções, há muitos anos que é militante do Partido Socialista e nem sequer devolveu  o seu cartão, coisa que seria, aliás, respeitável e que tem antecedentes [numa alusão ao seu pai, Mário Soares] e isso é muito importante para mim poder apoiar alguém que tem condições e alguém que é do PS”, sublinhou, revelando que se a sua mãe, Maria de Barroso, fosse viva também a apoiaria.

No final de uma visita que a candidata fez à Fundação José Relvas, em Alpiarça, no concelho de Santarém, onde funciona um lar de idosos, o ministro da Cultura, explicou as razões por que decidiu apoiar Maria de Belém e elencou as suas qualidades para dizer que elas são importantes para as “batalhas que o país vai ter de travar nos próximos anos pela defesa do nosso modelo social, pelo Estado do modelo social europeu, pelo Serviço Nacional de Saúde. Foi uma pessoa que sempre esteve nesta batalha”.

Um dia depois de o secretário-geral do PS, António Costa, ter apelado para que os socialistas votem em Maria de Belém ou em Sampaio da Nóvoa, João Soares justificou o voto na candidata, lembrando que ela foi presidente do PS. E não se ficou por aqui. ”Tive muita honra em ter sido presidido por Maria de Belém”, a primeira mulher que alcançou o cargo. “E presidiu o PS com imensa dignidade e conduziu o PS num período que não foi num período fácil”, declarou, momentos antes de elogiar também António José Seguro, o ex-líder do partido. “Nós tivemos pela primeira vez, por proposta - honra lhe seja do anterior secretário-geral do Partido Socialista o meu amigo António [José Seguro] eleições primárias e quem conduziu esse processo com a maior das isenções foi a então presidente do partido, Maria de Belém Roseira, cujo trabalho eu presto homenagem”.

Soares não passou ao lado da polémica que a candidatura de Belém gerou nas hostes socialistas e atirou: “Há quem diga que ela é uma candidata que deu o apoio daqueles que apoiaram António José Seguro, ela conduziu com tanta isenção que eu na altura enquanto apoiante de Seguro indefectível, e tenho orgulho nisso, fiquei um bocadinho preocupado e até pensei que ela devia ter puxado mais para esse lado, mas não puxou e isso dá uma garantia enquanto Presidente que vai ser daquilo que vai ser a isenção das suas funções”.

O ministro da Cultura, que não falou nessa qualidade, aludiu ainda ao facto de Maria de Belém enquanto deputada ter presidido “com dignidade” à comissão de inquérito ao BPN. E aproveitou para dizer que “um dos maiores desafios que estamos confrontados é a desregulação absoluta em que temos vivido sobretudo nestes últimos quatro anos em matéria de sistema financeiro e de bancos da nossa terra”.

“Sinto-me muito bem sabendo que terei Maria de Belém como Presidente no Palácio de Belém”, declarou ao ser questionado pelos jornalistas sobre o facto do António Costa ter apelado ao apoio na candidata e em Sampaio da Nóvoa. João Soares disse: “O PS sempre teve uma posição de liberdade e de pluralismo interno nesta e noutras matérias e isso é uma coisa completamente banal”. E rematou. “Eu tenho muito orgulho em estar ao lado de pessoas como José Vera Jardim, mandatário nacional [presente na visita], ao lado de pessoas como Manuel Alegre e de tantas mulheres ilustres que também estão com Maria de Belém”.

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