Sudão
No Darfur, as crianças também sonham
Doze anos após o início do conflito no Darfur, os meninos com a mesma idade, que conhecem pouco mais do que o campo de refugiados onde vivem, sonham em ser engenheiros, professores, médicos e até gestores.
O conflito no Darfur, oeste do Sudão, começou em Fevereiro de 2003, quando grupos da oposição não árabes se revoltaram contra o governo árabe, acusando-o de favorecer árabes em relação a africanos negros e de negligenciar aquela região. Em resposta, o governo bombardeou localidades darfurianas, em conjunto com ataques terrestres efectuados pela milícia árabe — janjawid —, um grupo acusado de cometer assassinatos em massa. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 4,4 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária e mais de 2,5 milhões de pessoas continuam deslocadas. Apesar dos assassinatos se terem atenuado, o governo ainda mantém os ataques contra os grupos rebeldes, levando a que grande parte da população continue a viver em campos de refugiados. O conflito que irrompeu há 12 anos na região do Darfur não mostra sinais de acabar, mas não desencorajou as crianças deslocadas de sonhar e ter esperança num futuro melhor.