PAN preferia integrar Banif na CGD e deverá votar contra rectificativo

Partido critica “inoperância” do anterior Governo e do Banco de Portugal assim como o “conflito de interesses entre a esfera política e as competências” do regulador.

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Filipe Arruda

O deputado André Silva, do PAN-Pessoas-Animais-Natureza, deverá votar contra o orçamento rectificativo porque considera que a solução para o Banif “não acautela os interesses dos contribuintes nem antecipa resoluções eficazes” para futuros casos semelhantes. Em vez disso, o PAN preferia que, nos últimos anos em que o banco esteve à espera de uma solução, tivesse sido temporariamente integrado na esfera de gestão da Caixa Geral de Depósitos para “promover a recuperação de valor”.

Em comunicado, o partido que tem em André Silva o seu único deputado à Assembleia da República defende que a integração do Banif na CGD permitiria “estancar a degradação da imagem” do banco e gradualmente recuperar os sues activos para se conseguir uma venda em condições “mais favoráveis” para accionistas, depositantes e trabalhadores.

O PAN diz que as leis de regulação “não se têm mostrado eficazes”, havendo um “claro conflito de interesses entre a esfera política e a operacionalização das competências do Banco de Portugal”. Daí que o partido reclame a criação de um plano de regulação que dote o Banco de Portugal de poderes que promovam uma “supervisão competente, actuante, efectiva e independente da esfera governamental”.

“Esta inoperância do Banco de Portugal acarretou resgates que atiraram o dinheiro público para um poço sem fundo”, que é equivalente a praticamente dois anos de financiamento do Serviço Nacional de Saúde, contabiliza o PAN.

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