Tomé Capa criou um “manual de instruções” para salvar o circo

Aluno da Universidade do Minho fez tese de mestrado que pretende "dar pistas" para contrariar perda de audiência dos circos

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O estudo propõe às companhias circenses a melhoria da sua imagem Kai Pfaffenbach/ Reuters

Um aluno da Universidade do Minho fez um "manual de instruções" para instalar um circo tendo em conta desde o vento a elementos paisagísticos e que propõe às companhias circenses que "quebrem barreiras" entre os espaços públicos e privados. Num comunicado enviado à agência Lusa, a academia minhota dá a conhecer a tese de mestrado de Tomé Capa, "O circo em cada lugar: um lugar para o circo", que além de analisar a arte circense pretender "dar pistas" para contrariar as perdas de audiência.

Assim, o estudo propõe às companhias circenses "a melhoria da sua imagem, a quebra de barreiras entre os espaços público e privado do circo e a inserção de elementos naturais no interior do Chapitô". O autor, adianta o texto, "analisou aquele meio nómada na sua prática e história e elaborou depois um manual de instruções para a instalação de um circo", uma "lista" que foca aspectos como "a inserção do circo na malha urbana, a topografia do terreno, os elementos paisagísticos, o vento, a disposição eficaz de veículos e equipamentos, o acesso a luz e água potável ou a serventia automóvel e pedonal para artistas e público".

Tomé Capa idealizou ainda um lugar perfeito do circo, incluindo nomeadamente vegetação rasteira, arvoredo e rio próximo para facilitar a estadia do acampamento e dos animais. "O circo modifica-se constantemente tendo em conta cada lugar, nas suas formas de apropriação estruturais, compositivas, funcionais e urbanas. Adapta-se às condições do terreno do modo mais prático possível, sem base teórica, valorizando ainda certas preocupações ligadas à comodidade, operacionalidade, mas também à sua propaganda e exposição ao público", afirma o autor daquele estudo.

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Tomé Capa, de 26 anos, é natural de Braga DR

Tomé Capa, de 26 anos, é natural de Braga e, além da Universidade do Minho, passou pelas universidades de Roma Tre, Siena (ambas em Itália) e Trás-os-Montes e Alto Douro.

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