PR fecha Roteiro para uma Economia Dinâmica com cerâmica e metalomecânica

Desde Abril de 2014, Cavaco Silva visitou mais de 30 empresas numa "incursão pela economia real" de diferentes sectores.

Foto
O Presidente da República, Cavaco Silva, recusou ontem falar sobre o eventual aumento do salário mínimo tiago machado

O Presidente da República fecha na quinta-feira o Roteiro para uma Economia Dinâmica, com a oitava jornada dedicada à metalurgia, metalomecânica e cerâmica, sectores fortes da indústria transformadora portuguesa.

"São sectores muito discretos, mas altamente competitivos", comentou fonte da Presidência da República, na apresentação da oitava e última jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica que irá decorrer no distrito de Aveiro.

Segundo dados fornecidos pela Presidência da República, o sector metalúrgico e metalomecânico foi em 2014 o maior exportador português, com um valor de cerca de 13,8 mil milhões de euros de exportações, o que representa um aumento de cerca de 30% face a 2013. Actualmente, o sector tem já 200 mil trabalhadores, distribuídos por 15 mil empresas.

No sector da cerâmica as 1.152 mil empresas que existiam em 2013 empregavam mais de 15 mil pessoas e o seu volume de negócios representava quase 900 milhões de euros.

Nesta última jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica, a parte da manhã vai estar mais virada para a cerâmica, com o Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, a visitar a Revigrês (em Águeda) e a Kerion (em Aveiro).

Da parte da tarde, o Presidente da República irá focar-se no sector da metalomecânica, visitando o grupo Arsopi (em Vale de Cambra) e o grupo Motofil (em Ílhavo).

Ao final da tarde irá ainda decorrer a cerimónia final deste roteiro, que teve início em Abril de 2014, no centro cultural de Macieira de Cambra, onde o Chefe de Estado irá condecorar empresários.

Ao longo das oito jornadas do Roteiro para uma Economia Dinâmica o Presidente da Repúblico visitou mais de 30 empresas, numa "incursão pela economia real", dando particular atenção à indústria transformadora, conforme lembrou fonte da Presidência da República.

"Fomos procurar sinais de uma economia dinâmica e os sinais que encontramos é que a economia portuguesa tem de facto caminhos para a competitividade", acrescentou a mesma fonte, sublinhando o "renascimento real das empresas" que foi sendo possível observar.

A primeira jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica realizou-se em Abril de 2014, com visitas a uma indústria de abrasivos, em Aveiro, uma fábrica de plásticos, em Oliveira de Azeméis, uma empresa de calçado, em Felgueiras, e outra de revestimentos para a indústria automóvel, em Guimarães.

A segunda jornada deste roteiro aconteceu a 13 de Outubro do ano passado, com visitas a um conjunto de empresas portuguesas de média dimensão, nos distritos de Lisboa, Leiria e Aveiro, nomeadamente o Laboratório Edol, a sociedade exploradora de pedreiras Solancis e duas empresas de equipamentos industriais.

A indústria do calçado foi a área escolhida para a terceira jornada do roteiro, realizada ainda em 2014, em Novembro.

Já este ano, em Março, realizou-se a quarta jornada do roteiro, então dedicada à indústria têxtil e do vestuário e centrada nos concelhos de Barcelos e Famalicão.

Na quinta jornada, que decorreu no final de Junho, o Presidente da República deslocou-se aos concelhos de Paredes e Paços de Ferreira, onde visitou empresas das indústrias da madeira e do mobiliário.

Em Setembro aconteceu a sexta jornada do roteiro, desta vez dedicada à formação profissional.

A penúltima jornada realizou há cerca de um mês, na ilha da Madeira, onde o Presidente da República procurou mostrar a forma como uma região de dimensões reduzidas e com uma situação geográfica ultraperiférica tem conseguido diversificar a sua economia.

Sugerir correcção
Comentar