Vamos dar arte?

O Natal aproxima-se. Invadimos as lojas de sempre para comprar os presentes de sempre. E que tal oferecer uma peça de arte pelo preço de um cachecol e um par de meias?

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Certo dia, um italiano entrou no Gabinete. Ia jantar a casa de um amigo e queria levar-lhe um presente. Deu uma volta pelo espaço, uma loja que se parece com uma galeria, perto do Príncipe Real, em Lisboa. Viu todas as opções, aconselhou-se e acabou por se decidir por uma pequena gravura, 140 campos, de Pedro Falcão. Gastou 150 euros, um valor bastante acessível no mercado da arte. Igual ao que comprou, existem apenas 49 exemplares.

Mas aqui existem opções ainda mais baratas. “O ranking de preços que praticamos é muito alargado e temos uma grande quantidade de ofertas”, diz Delfim Sardo, reputado curador que assume a direcção artística do projecto, que arrancou em Abril. “Neste momento, a peça mais barata custa 7,5 euros e é do André Cepeda. É um disco de 45 rotações que tem uma fotografia do artista com uma gravação do som parasitário de lâmpadas eléctricas a acender.”

O Gabinete vende arte, é certo, mas não é uma galeria. É por esse motivo que alguns dos preços que pratica têm valores tão baixos — não vende peças únicas. Delfim Sardo explica: “O Gabinete é uma editora de múltiplos de arte, que tem um espaço de venda das suas edições e de outras. É uma loja, eu gosto desse lado muito informal de ser uma loja.” Desde esculturas a fotografias, a gravuras, incluindo ainda livros de artista e peças em modelação 3D, qualquer tipo de obra de arte pode ser editada em múltiplos pelo Gabinete, sempre numa edição numerada e assinada.

Até à data, o Gabinete já lançou cinco edições exclusivas. Inaugurou com uma edição de Jorge Molder — uma fotografia de um bailarino em platinotipia (processo raro de impressão do século XIX) sobre papel japonês, com uma tiragem de três exemplares. A partir daí, lançou edições exclusivas de nomes consagrados da arte contemporânea como Francisco Tropa, Fernanda Fragateiro, André Cepeda e Rui Toscano. Fora das suas edições exclusivas, o Gabinete tem também outras edições de artistas portugueses e estrangeiros, como Ângela Ferreira, João Louro, João Onofre, Julião Sarmento, Susanne Themlitz e On Kawara.

Mas se são múltiplos e cada edição tem vários exemplares, o que dizer quanto à originalidade? Para quem se interroga, Delfim Sardo esclarece que as peças “são obras originais, em edição limitada. O artista, individualmente, autentica cada uma das peças, assinando-a e numerando-a. [O facto de serem peças em edições limitadas] não lhes retira a sua originalidade nem o seu valor como objecto artístico. Há clientes que fazem esse tipo de perguntas e nós explicamos-lhes isso”.

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O curador Delfim Sardo, director artístico do Gabinete daniel rocha

A ideia para o projecto surgiu num jantar com dois amigos de longa data, o engenheiro João Carlos Loureiro e o museólogo Rui Abreu Dantas. “Há muito tempo que andava com esta ideia on the back of my mind, de abrir um pequeno espaço que fizesse edições de múltiplos de arte, porque estou convicto de que é fundamental no panorama artístico haver este tipo de oferta”, defende Delfim Sardo. E assim nasceu o Gabinete, que — não só pelo nome, mas pelo que vende — traz para a memória os históricos cabinet de curiosités (ou gabinetes de curiosidades, em português), salas precursoras dos museus que apareceram entre os séculos XVI e XVII pelas mãos da nobreza e onde se expunham diversos objectos raros, recolhidos durante as viagens que marcaram os Descobrimentos — desde espécies de fauna e flora, passando por, claro, obras de arte. A diferença é que este Gabinete dedica-se à arte contemporânea.

O Gabinete assume-se, assim, como “uma ponte entre uma produção dos artistas que é um bocadinho invisível: grande parte dos artistas que fazem múltiplos guardam-nos em casa, porque não têm sítio para onde os levar”. Como explica Delfim, o espaço quer, também, contribuir para que “novas pessoas se interessem pelo coleccionismo artístico”. Pretende atrair portugueses, turistas que passam na zona e “pessoas que têm interesse por arte, querem comprar e não estão na fase de maturação de chegar às peças únicas, por motivos económicos ou porque estão no início do seu percurso de coleccionadores”.

Mas no Gabinete também se encontram peças com um custo mais elevado — “fazendo a comparação com o mercado das jóias e dos relógios de marca, por exemplo, que estão na mesma faixa de valores de algumas obras que o Gabinete vende, percebe-se que este mercado tem um lado de muito mais exclusividade”, diz Delfim Sardo.

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O Gabinete é uma editora de múltiplos de arte, com uma loja onde se encontram esculturas, fotografias, gravuras, livros de artista e peças em modelação 3D daniel rocha

Também no Carpe Diem Arte e Pesquisa, uma iniciativa que nasceu em 2009 pelas mãos de Lourenço Egreja, Paulo Reis e Rachel Korman, as edições de múltiplos assumem um papel de destaque. O projecto, que ocupa o Palácio Pombal (século XVIII), antiga residência do Marquês de Pombal na Rua de O Século, promove residências para artistas, que resultam em exposições. Da programação constam também masterclasses, conferências, conversas com artistas e concertos.

“As edições aqui são um programa”, diz Lourenço Egreja, director artístico e curador sénior do projecto que integra o espaço expositivo, a loja, a cafetaria, o jardim e ainda uma sala de leitura. “Têm uma história engraçada: no final de 2009, íamos fazer uma exposição do Rodrigo Oliveira. O orçamento estava curto e então falámos com o artista e criámos uma edição [em formato de impressão a jacto de tinta de pigmento]. Fizemos alguns telefonemas, a edição vendeu-se toda e financiámos a exposição”, conta. E a partir daí, das exposições começaram a nascer edições.

No Carpe Diem, cujo foco é a arte contemporânea, “o múltiplo é uma espécie de uma senha porque cada edição está ligada a uma exposição, que esteve numa determinada sala… há toda uma ligação”, diz o curador. Os múltiplos têm também outra importante função: ajudam ao financiamento do projecto, contribuindo para a sua sustentabilidade.

Tal como Delfim Sardo, Lourenço Egreja incentiva: “Ofereçam arte, ofereçam arte — é o que eu digo. Há coisas bonitas, são de uma qualidade razoável e estão a ajudar o projecto, que é uma associação sem fins lucrativos.” E porque é Natal, a loja do Carpe Diem está a fazer uma campanha especial: até 19 de Dezembro, as edições estão à venda por 150 euros — a moldura é oferta.

Ao contrário do Gabinete, e salvo algumas excepções, no Carpe Diem as edições têm um preço único. Lourenço Egreja explica porquê: “Os artistas são todos importantes e a ideia é que participem todos na sustentabilidade do projecto.” Apesar de não haver uma rigidez quanto à tipologia, “90% dos múltiplos do Carpe Diem são impressões a jacto de tinta de pigmento (técnica em que a tinta é injectada no papel)”, diz. Algumas das edições são também serigrafias, desenhos e gravuras. O projecto conta já com 120 edições, de artistas como os portugueses José Pedro Croft, Gabriela Albergaria, Pedro Calapez, Daniel Blaufuks, Maria Condado, David Oliveira, ou o brasileiro Bruno Vilela, o britânico Tim Etchells, o italiano Giovanni de Lazzari ou a belga Jeanine Cohen.

A maioria das edições tem uma tiragem de 30 exemplares e cada exemplar é numerado e acompanhado por um certificado de autenticidade assinado pelo artista. Lourenço Egreja defende que, apesar de serem múltiplos, as obras não deixam de ter valor. E relata um episódio para o provar: “Em 2014, vi uma pequena gravura de Matisse, o número 5 numa série de 6, na Marlborough Gallery, em Madrid, a 380 mil euros. Fui perguntar porque é que era tão cara, e responderam-me que o era por ser de Matisse, por ser o número 5 numa edição de 6 e porque a galeria não sabia a proveniência dos outros exemplares.”

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No Carpe Diem as edições têm um preço único e a maioria tem uma tiragem de 30 exemplares rui gaudêncio

Referindo-se às edições do Carpe Diem, Lourenço acredita que “num espaço de dez anos, numa edição de 30, alguns [exemplares] perdem-se. Tendencialmente, é assim que vai acontecer. Portanto, ao fim de dez anos, é óbvio que o valor aumenta, porque é óbvio que já não há os 30 exemplares”. O Carpe Diem controla o primeiro mercado: tem uma base de dados com a identificação das pessoas que compraram as 30 edições. A partir daí, os proprietários podem oferecer ou vender, e acaba por se perder o rasto ao exemplar — “isso é a vida das obras de arte, elas vão por aí”, advoga Lourenço.

Para quem tem um orçamento mais desafogado e procura peças únicas, Lourenço e Delfim aconselham uma ida às galerias.

“O múltiplo não é uma pequena coisa marginal.” Quem o diz é Delfim Sardo. “O múltiplo ocupa um lugar muito importante nos circuitos da arte. Têm sido nossos clientes artistas, que vêm comprar obras de outros artistas”, explica. “[Isto prova que] a valorização do múltiplo já é feita no interior do universo artístico. Corresponde a uma tipologia completamente histórica da história de arte.”

Lourenço Egreja especifica — “Toda a gente faz impressões. Andy Warhol fazia serigrafias a torto e a direito. Rodin, nas suas esculturas, também fazia edições. Não há ninguém neste mundo que não faça edições.” O curador lembra que “vivemos num mundo de reprodutibilidade, que não é de agora. Há uma história de arte toda para trás, desde as gravuras”. E insiste que o facto de serem edições limitadas a 30 exemplares é um factor decisivo para quem compra. “O cliente sabe o que está a comprar”, afirma.

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“O múltiplo ocupa um lugar muito importante nos circuitos da arte", afirma Delfim Sardo rui gaudêncio

Apesar de em Portugal as edições de arte não estarem particularmente generalizadas entre o público, os dois curadores lembram que, pela Europa, os múltiplos de arte são uma realidade instituída. “Em Espanha há uma tradição de gravura enorme, em França há um coleccionismo de múltiplos de arte completamente estabelecido, Inglaterra tem os melhores impressores de gravura do mundo”, diz Delfim Sardo.

O mercado da arte é feito de valores elevados, sim. Mas não só.

“Em vez de umas calças, vou comprar este desenho”

Amanda Ribeiro

Num tempo em que a Rua da Picaria, apesar da debilidade do negócio, ainda era a rua dos móveis do Porto, nascia no n.º 84 uma galeria de desenho e ilustração. Baptizaram-na Dama Aflita, o nome da associação cultural que a promovia, expressão no conceito narrativo damsel in distress, isto é, donzela em perigo. Um aportuguesamento cómico que tanto fazia rir os padrinhos, Júlio Dolbeth, Rui Vitorino Santos e Lígia Guedes, como os vizinhos lojistas, marceneiros e carpinteiros, aqueles que, meio a sério, meio a brincar, lá iam trocando as voltas à nomeada. “A galeria Dama Antiga?! É já ali acima!”

Foi há sete anos, não há tantas primaveras assim, mas hoje a Rua da Picaria, bem no centro da movida portuense, está diferente. Abundam os bares e restaurantes, escasseiam as madeiras e lixas. No cume, num espaço partilhado com a loja de música Matéria Prima, mantém-se a Dama Aflita, quiçá o rosto inicial desta renovação. Os vidros com desenhos denunciam, e anunciam, o que se expõe depois da porta, na pequena sala de 16m2, onde há uma única mesa ao centro repleta de fanzines e livros das editoras Planeta Tangerina, Pato Lógico e Orfeu Mini.

Nas paredes brancas pode estar muita coisa. No currículo da galeria constam nomes como Alice Geirinhas, José Feitor, André da Loba, Craig Atkinson, Marta Monteiro, Catarina Sobral, Filipe Abranches, Luis Urculo, Jack Teagle, Maria Imaginário e Luís Buchinho (sim, o estilista expôs ilustração, desenhos e croquis), mas também jovens artistas como Joana Estrela e Rudolfo, cuja exposição a solo terminou no dia 12. Trabalhos destes e de muitos outros autores (cerca de 70) estão à venda lá dentro e na loja online, com preços que começam nos 20 euros e terminam nos 500 euros. O valor médio de trabalhos originais, no entanto, ronda os 100 euros, o que reflecte uma das preocupações dos galeristas. “Esse também é o nosso papel como curadores”, diz Rui Vitorino Santos, que, a essa actividade, soma a de professor, artista e ilustrador — é dele a próxima exposição da galeria, Utz, com inauguração marcada para 19 de Dezembro. “Gostaríamos imenso de ter cá certos autores, mas não temos público para eles. Porque não há propriamente coleccionadores, não há aquela ideia de adquirir porque a obra vai valorizar.” Aqui, a compra, diz, “é quase um exercício de empatia”. “Em vez de umas calças, vou comprar este desenho”, completa, entre risos, Júlio Dolbeth, igualmente curador, artista, ilustrador e professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.

São mentes cúmplices, as deles. Lígia Guedes afastou-se entretanto do projecto, por isso são eles os “curadores, pedreiros, contabilistas e marchands”, nas palavras de Rui Vitorino Santos. E é desta sinergia pessoal que resulta a linha “ecléctica” da Dama Aflita, tanto marginal como consensual, mas sempre, descreve Júlio Dolbeth, “contemporânea”.

Em 2008, recorda o curador, fundaram a galeria com o intuito de “dar um destaque à ilustração em espaço de exposição” para o público em geral. Criar um white cube para “tornar visível” uma área que a maioria das pessoas associava tradicionalmente ao sector editorial e que, realça Vitorino Santos, era vista no meio académico como “quase desprestigiante”: “Aquela coisa que ficava no limbo: é artes plásticas, é design? O trabalho é mais barato, demasiado iconográfico, figurativo…”

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No Dama Aflita, há uma mesa repleta de fanzines e livros das editoras Planeta Tangerina, Pato Lógico e Orfeu Mini. marco duarte

Hoje, sete anos depois, não é só a Picaria que está diferente. A ilustração também. “Há menos preconceito”, na academia e não só, até porque há uma nova geração a dar cartas. E a verdade é que “está um bocado na moda”, no mundo e no Porto, onde existem vários espaços que lhe são dedicados. Eles não são “os pais das galerias de ilustração”, mas talvez tenham alguma responsabilidade na matéria. Pelo menos por cá, admite Dolbeth. “Acho que com falta de humildade posso dizer que de certa maneira abrimos portas para possibilidades.”

Uma barraquinha de madeira de 4m2. Bastou essa exígua e diminuta área para Ema Sara Ribeiro, formada em Escultura e Fotografia, abraçar um universo a que chegou “por acaso”: a ilustração. Com os anos, a Ó! Galeria aumentou em espaço e artistas. Fez as malas umas quantas vezes, piscou o olho a outros negócios e, em Novembro, até se aventurou em novas paisagens, ao ocupar o n.º 7 da Rua de São Cristóvão, na Mouraria, com uma pop-up store, que está de portas abertas até Janeiro (pelo menos) para testar o mercado lisboeta.

A verdade é que a Ó! Galeria nasceu mesmo numa barraquinha que vendia ilustração e objectos de autor. O ano é 2009 e estamos em pleno Centro Comercial Bombarda, na “rua das galerias” do Porto, altura em que é lançado o projecto Bidonville com vários quiosques baratos disponíveis para aluguer. Na altura, Ema até já tinha uma outra galeria no mesmo centro, a Lab65, dedicada à fotografia. Arte diferente, espírito empresarial semelhante: “A Lab.65 era uma galeria de fotografia não convencional. Eu alterei o projecto para que toda a gente conseguisse comprar fotografia. Massifiquei a produção para ter preços dos 30 aos 300 euros”, recorda a galerista, hoje com 42 anos. Virgílio Ferreira e Inês d’Orey eram apenas dois dos autores em exposição. O que aconteceu? “A fotografia não vende.”

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Júlio Dolbeth e Rui Vitorino Santos são os "curadores, pedreiros, contabilistas e marchands” do Dama Aflita marco duarte

Ora, a Ó! em formato galeria de ilustração “pura e dura” nasceu, qual fénix, das cinzas da Lab.65. Com os anos, foi crescendo até que em Agosto de 2013 assentou arraiais na morada actual, o n.º 61 da Rua Miguel Bombarda, onde tem 80m2 para se espraiar. Se há uma parede à esquerda com “trabalhos até ao tecto”, há outra, em posição oposta, onde o profusão de branco deixa respirar a exposição em destaque no mês. No centro, quatro lâmpadas retro q.b. iluminam uma mesa repleta de livros e fanzines, área editorial onde a Ó! também se estreou recentemente. À entrada, há um expositor com merchandising dos autores, de T-shirts a totebags, e as receitas ilustradas da Nham Nham, colecção de artigos de cozinha, lançada em 2014 por Ema e pela ilustradora Tina Siuda. Há muita cor, muita coisa para ver, muita coisa para mexer e remexer. “Aqui não é o white cube de todo, é um mundo à parte em que se pode viajar nas paredes”, enfatiza Ema. É uma forma de tornar o “espaço mais acolhedor” e “menos galeria convencional”, reforçando também o pendor “vincadamente comercial” do projecto.

Os preços começam nos dez euros com as edições numeradas em risografia, uma “alternativa criada para quem está a começar a adquirir ilustração e não tem dinheiro”. Em média, as obras originais oscilam entre os 50 e os 150 euros. Os trabalhos mais caros geralmente rondam os 300 euros, embora exista um ou outro que ultrapassa estes valores. Entre os espaços físicos e a loja online, a Ó! Galeria expõe o trabalho de cerca de 70 ilustradores, entre eles Mariana, A Miserável (“Crescemos ao mesmo tempo”), Tina Siuda (é possível que a encontrem por estes dias ao balcão da galeria do Porto), os vizinhos da Dama Aflita, Júlio Dolbeth e Rui Vitorino Santos, e ainda Mariana Rio, Tamara Alves, Ivo Hoogveld, Lara Luís, Paula Bonet, Mariana Herreros e Yara Kono. Alguns deles, aliás, integram a actual exposição no Porto, a colectiva especial de Natal, Peep Show.

Para muitos jovens ilustradores portugueses, a Ó! foi o seu primeiro palco. E continuam por aí “demasiados ilustradores com trabalhos incríveis que precisam de ser vistos”. Ema está atenta, apesar de hoje tentar ter “algumas certezas” antes de acolher novos autores, até por uma questão de “credibilidade”. Para assegurar a quem compra que, “para além de um objecto bonito e decorativo, está a fazer um investimento”. Porque comprar ilustração também é isso: “É uma maneira diferente e original de adquirir peças de arte. Em vez de cópias massificadas, podem ter peças com séries limitadas ou até mesmo originais. E os preços não são assim tão diferentes.”

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A Ó! é um mundo à parte em que se pode viajar nas paredes” paulo pimenta
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