A nova Embaixada Lomográfica no Porto traz "pozinhos de perlimpimpim"

Pedro Viterbo assume a liderança da Embaixada Lomográfica em Portugal. A nova sede promete ser um ponto de encontro dos amantes da Lomografia e um centro de difusão de conhecimento da fotografia analógica

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Ana Marques Maia

A Embaixada Lomográfica em Portugal terá nova sede no Porto, na Rua Mártires da Liberdade, e a abertura está agendada para dia o 11 de Dezembro. O P3 entrevistou o novo representante da clássica Lomo, Pedro Viterbo, um experiente profissional da fotografia analógica. A loja fará distribuição de material lomográfico, dará apoio no processo de revelação de filme analógico e na formação dos fotógrafos.

 

A primeira temporada da existência na nova Embaixada será marcada pela festa de inauguração, no dia 11 pelas 18h – que contará com a presença do DJ Paulo Martins Cunha -, e pela exposição “Symbiosis” do fotógrafo Hugo Pereira. “O Hugo trabalha exclusivamente o conceito de fotografia lomográfica, com recurso aos vários efeitos, como a fotografia de dupla ou longa exposição".

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Fotografia da Exposição de Hugo Pereira

 

A nova Embaixada pretende reaproximar a marca dos fotógrafos. Em entrevista ao P3, Pedro Viterbo garantiu que a imagem da Lomo continua “viva e de boa saúde”, embora tenha consciência de que “algumas pessoas estão zangadas com a falta de apoio” da marca em Portugal.

 

“É necessário que as pessoas adquiram ‘know-how‘ sobre o funcionamento de câmaras e rolos fotográficos para saberem como fotografar, para que não se limitem a disparar à toa”, disse Viterbo ao P3. “Todos podemos ser fotógrafos se existirem os pozinhos de perlimpimpim que tornam as coisas mais especiais. Acredito que a Lomo tem essa característica”, uma vez que “tem a essência do analógico e da descoberta”. O lomógrafo é movido sobretudo pela curiosidade e tem como objectivo atingir resultados que acredita não serem tangíveis com recurso à fotografia digital.

 

Quem é Pedro Viterbo?

O novo líder do projecto lomográfico em Portugal trabalha na área da fotografia analógica há vários anos. “Sou licenciado em Educação Social, área que pouco tem a ver com a fotografia. Comecei a vender artigos fotográficos analógicos e afins em feiras, para poder pagar a faculdade. Não encontrei emprego na área e abri a loja Máquinas de Outros Tempos”.

 

Viaja com frequência a fim de adquirir máquinas e material fotográfico "vintage" para venda, mas o seu interesse na fotografia vai para além da actividade comercial. “Neste momento estou mais focalizado nos processos alternativos, como o colódio húmido, fazer viragens de preto e branco, coisas mais alternativas,… muito com grande formato.”

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