Empresas Palbit e Tekever ganham prémio Inovação COTEC-BPI

Cavaco Silva realçou a necessidade de “valorizar o potencial do talento produzido em Portugal.

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Empresas devem ser competitivas pela inovação e não pelos baixos salários, defende o ministro da Economia Adriano Miranda

O prémio Inovação COTEC-BPI distinguiu este ano as empresas Palbit e Tekever no âmbito do encontro nacional de desta organização. Na cerimónia decorrida esta tarde em Lisboa, o presidente da COTEC, Francisco Lacerda deu conta das novas linhas estratégicas de actuação da associação, que passa por desempenhar mais o papel de think tank, envolvendo os seus membros numa “reflexão alargada sobre os grandes  temas da inovação”. Um dos exemplos  enunciados, foi a valorização do conhecimento gerado nas universidades.

Neste tópico, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, também presente na cerimónia, realçou a necessidade de “valorizar o potencial do talento produzido em Portugal. Para o chefe de Estado, se tal não acontecer, esses trabalhadores “procurarão em diferentes paragens a sua realização profissional”.

Outro prémio atribuído foi o Produto Inovação COTEC-NORS, que foi igualmente para duas empresas, a Bosch Termotecnologia e a Procalçado .No evento foi ainda anunciada a admissão de 25 novas empresas na rede PME Inovação COTEC.

Antes, ao início da tarde, e após reconhecer o trabalho que tem vindo a ser feito nos últimos anos, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou que é preciso reforçar a ligação entre as universidades e o tecido empresarial português.

"É importante dar meios e apoios às universidades para que possam colaborar mais com as empresas, de forma mais aprofundada e permanente", sublinhou o ministro recém-empossado à margem de um encontro da Cotec, em Lisboa.

Ao considerar que Portugal tem hoje "muito mais meios científicos e tecnológicos do que tinha há uns anos", Caldeira Cabral considera que o mais importante  é haver apoio bem organizado por parte do Estado.

Questionado sobre que tipo de apoios, o ministro referiu que os "incentivos à  inovação  passam pela utilização do quadro de apoios europeus", sem adiantar mais.

O governante realçou a importância de fazer chegar esses incentivos às empresas e à  economia e apontou para a necessidade de "colocar os centros que já existem a funcionar em rede", como parte importante  de melhorar a transferência  de conhecimento tecnológico. Entre estes centros, Caldeira  Cabral refere as universidades e as incubadoras de empresas como agentes neste processo. O papel do Governo, considera, não  é "fazer inovação, porque esse papel cabe às empresas", mas sim "apoiar a formação  de recursos humanos altamente qualificados".

O ministro da Economia sublinhou ainda a importância de as empresas serem mais produtivas e mais competitivas "sem ser pela via dos baixos salários", mas antes pela criação de valor e inovação.

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