Fukushima: e agora?

No dia 11 de Março de 2016 terão passado cinco anos desde o acidente nuclear em Fukushima, no Japão. Uma jornalista e um fotógrafo pretendem visitar o máximo número de cidades afectadas pela catástrofe com o objectivo de fazer um ponto de situação sobre o processo de reconstrução e o regresso dos habitantes

Foto
Emanuele Satolli

No dia 11 de Março de 2011 um terramoto de magnitude 9.0 da escala de Richter atingiu o Japão de forma implacável. Três reactores da Central Nuclear de Fukushima I explodiram em consequência do abalo sísmico, dando origem a um dos desastres nucleares mais significativos da história da humanidade.

A jornalista Alessia Cerantola e o fotógrafo Emanuele Satolli pretendem visitar as áreas afectadas e fazer um ponto de situação sobre o processo de reconstrução e sobre os desafios que enfrentam as comunidades locais no regresso a casa - nomeadamente sobre a forma como lidam com o medo da radiação e com a memória da perda material e humana. "Ainda há pessoas que procuram familiares desaparecidos passados cinco anos", disse Satolli ao P3.

Para garantir a realização do projecto, a equipa criou uma campanha de crowdfunding. O principal objectivo da campanha é proporcionar à equipa as condições de segurança necessárias na cobertura de zonas altamente radioactivas. "A radioactividade na área de Fukushima é um dos principais riscos deste projecto e é necessário que utilizemos equipamento adequado. Pretendemos cobrir o máximo número de cidades afectadas pelo tsunami e também as zonas que foram encerradas após as explosões nucleares", explicam na página da campanha.

A jornalista Alessia Cerantola desenvolve trabalho sobre o Japão há 15 anos. Emanuele Satolli já publicou trabalho fotográfico no P3 e na Lightbox da Time Magazine.

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