CGTP marca concentração para exigir ao PR que dê posse a Executivo de esquerda

O executivo da CGTP decidiu ainda promover a 24 de Novembro uma "acção nacional de esclarecimento e mobilização dos trabalhadores" que passa pela realização de plenários "no maior número de locais de trabalho possível".

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Arménio Carlos diz que "é inaceitável” que PR “persista em manter um Governo em usurpação de funções" Foto: Rui Gaudêncio

A CGTP marcou uma concentração nacional para o dia 28 de Novembro, junto ao Palácio de Belém, para exigir que o Presidente da República respeite a Constituição e dê sequência à solução governativa apresentada pelos partidos de esquerda.

A decisão foi tomada numa reunião extraordinária da comissão executiva da Intersindical convocada para analisar a situação política actual.

"É inaceitável que uma semana após a aprovação da moção de rejeição ao programa de governo do PSD/CDS, que determinou a sua demissão, o Presidente da República persista em manter um Governo em usurpação de funções, a gerir negócios", disse o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, numa conferência de imprensa depois da reunião da comissão executiva.

O executivo da CGTP decidiu ainda promover a 24 de Novembro uma "acção nacional de esclarecimento e mobilização dos trabalhadores" que passa pela realização de plenários "no maior número de locais de trabalho possível".

A intenção é, segundo Arménio Carlos, informar e mobilizar os trabalhadores e a população em geral para que lutem pelos seus direitos e exortá-los a participar na concentração de dia 28 para exigir que Cavaco Silva respeite "a vontade de mudança manifestada nas eleições legislativas e dê sequência imediata à solução governativa já apresentada, que resulta da maioria dos deputados da Assembleia da República".

"A participação activa dos trabalhadores e da população ganha, neste contexto, uma redobrada importância. A sua luta foi determinante para resistir à política de direita e colocar o PSD/CDS em minoria. A sua acção será decisiva para remover definitivamente o Governo", defendeu.

O líder da Intersindical salientou a urgência da situação e considerou que "não se justifica que o Presidente da República tenha muito mais tempo para decidir" o que vai fazer em relação ao Governo.

"A recente decisão de formalizar a privatização da TAP, comprova que estamos perante um governo que, mesmo em gestão, exorbita as suas funções, conflitua com a Assembleia da República e põe em causa o interesse nacional. Esta é uma situação a que urge pôr termo", disse.

Para Arménio Carlos, "o importante é respeitar a vontade das maiorias", por isso Cavaco Silva "tem de indigitar outro Governo".

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