Abade de Baçal é homenageado num congresso sobre a sua vida e obra em Bragança

A cerimónia surge 100 anos após a criação do museu do Abade de Baçal e 150 anos após o seu nascimento.

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Chamava-se Francisco Manuel Alves, mas todos o conheciam por Abade de Baçal. Era multifacetado: foi sacerdote, arqueólogo e historiador. Considerado uma importante figura da cultura transmontada, o seu espólio está exposto no Museu do Abade de Baçal, de onde partiu a iniciativa de criar um congresso que homenageasse o seu trabalho e assinalasse o centenário da criação do museu. “Vida, obra e pensamento de Francisco Manuel Alves, Abade de Baçal” decorrerá nos dias 13 e 14 de Novembro, em Bragança.

Este congresso permitirá mostrar à população que o abade “foi bastante mais do que um registador”, revela à Lusa José Pavão, da comissão organizadora. Outro dos objectivos do evento prende-se com “aquilo que uma sociedade deve fazer em relação aos seus maiores: se vivos honrá-los, se desaparecidos vivificá-los e honrar a sua memória”, refere ainda o organizador.

Uma das obras mais conhecidas do Abade de Baçal é a investigação histórica “Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança”, publicada em doze tomos.

A sessão solene de abertura do congresso, pelas 09h30 de sexta-feira, contará com a presença do presidente da organização, José Manuel Pavão, com Hernâni Dias, presidente da Câmara Municipal de Bragança e com o director da Direcção Regional de Cultura do Norte, António Ponte. A sessão é presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, D. José Manuel Cordeiro e decorrerá no Auditório Paulo Quintela, em Bragança.

No congresso, para além de várias comunicações sobre a vida e obra do abade, está integrada a inauguração de três exposições, em simultâneo: “Flor na Pele”, “Vocacionados à Santidade” e “Visitas Espectaculares – Pintores e Arquitectos nos palcos portugueses”. À noite, após o jantar, haverá um concerto do Conservatório de Música de Bragança.

O Museu do Abade de Baçal foi criado por Decreto Lei a 13 de Novembro de 1915, originalmente sob o nome Museu Regional de Obras de Arte, Peças Arqueológicas e Numismática de Bragança. Só em 1935 se passa a chamar Museu do Abade de Baçal, altura em que o sacerdote deixa de dirigir o museu. De entre as principais colecções que integram actualmente o acervo do museu, destacam-se os quadros de Abel Salazar e um conjunto de aproximadamente 70 desenhos de Almada Negreiros.

O evento é organizado pelo Museu Abade de Baçal em parceria com a Câmara de Bragança e a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes.

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