Manifestações contra e a favor do Governo marcadas para o mesmo dia, no mesmo local

Na terça-feira juntam-se nas escadarias da Assembleia da República dois movimentos antagónicos, um de apoio ao executivo PSD/CDS, numa acção convocada nas redes sociais, e outro de rejeição às políticas de direita, marcado pela CGTP.

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O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, discursa às 16h15, em frente à Assembleia da República Rui Gaudêncio

A CGTP-IN organiza nesta terça-feira, às 15h, uma concentração na Assembleia da República para "rejeitar a continuação da política de direita" e reafirmar a sua luta no plano dos salários e pensões, do emprego e do combate à precariedade. No mesmo dia e para o mesmo local está prevista uma concentração de pessoas que recusa a moção de rejeição ao actual Governo, numa acção de protesto convocada nas redes sociais.

No dia em que é votado no Parlamento o programa de governo da coligação PSD/CDS e a moção de rejeição dos partidos de esquerda ao Governo, a CGTP quer "reafirmar a recusa popular e a determinação de fazer que este seja o último programa de governo da autoria da coligação PSD/CDS" e "exigir resposta positiva às reivindicações dos trabalhadores e das populações e reclamar uma alternativa política que afirme os direitos, os valores e as condições de Abril".

Os trabalhadores da Administração Local juntam-se à concentração convocada pela CGTP-IN, que se reúne primeiro no Largo de Santos e só depois se desloca para a Assembleia da República.

Um pouco mais cedo, pelas 13h, começa a juntar-se na escadaria do Parlamento uma manifestação contra a moção de rejeição ao Governo. O protesto foi organizado a partir das redes sociais, onde se argumenta que António Costa “falhou a criação de uma coligação PS/BE/PCP - há apenas dois vagos acordos de incidência parlamentar” e que “o programa de governo [do PS] não foi sufragado” e, por isso, é ilegítimo.

O líder do CDS-PP de Monforte e um dos organizadores desta acção, Mário Gonçalves, apelou nesta segunda-feira à mobilização das pessoas e alertou para possíveis “provocações da CGTP”, pedindo que os participantes mantivessem a calma e não respondessem a hostilidades. Notícia editada por Leonete Botelho

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