Centro de Ciência de Vila Real abre nove anos depois de lançado o projeto

Edifício está pronto há alguns anos e abre esta segunda-feira com exposição permanente dedicada ao património natural da região.

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A exposição mostra a modelação da paisagem natural do Douro Rui Farinha

O Centro de Ciência de Vila Real, projecto que custou 1,6 milhões de euros, abre de forma permanente ao público na segunda-feira com uma exposição interativa que proporciona uma viagem pela história do património natural da região. O projecto do Centro de Ciência, em pleno Parque Corgo, arrancou em 2006, custou 1,6 milhões de euros cofinanciados pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON 2), só que apesar de a estrutura já estar concluída há alguns anos só agora vai abrir definitivamente.

A exposição permanente abre ao público na segunda-feira e procura contar a história da formação do território transmontano e duriense, vista na perspetiva da ciência. Em Junho, o centro abriu para uma visita guiada e mostrar que os edifícios estavam prontos a funcionar. Carlos Lima, técnico da câmara ligado ao projecto, afirmou que a mostra visa "divulgar o património natural" da região e, apesar estar aberta a toda a gente está "muito focada no público juvenil e estudantil". "É um apoio importante para todas as escolas da região e é um apoio muito importante na divulgação da ciência", salientou.

A mostra está dividida em seis módulos que convidam o visitante a uma viagem pelo tempo e que abordam temas como a geologia, a hidrologia, a botânica e a zoologia, o clima, as paisagens e a energia, seguindo uma ordem cronológica que evidência a influência de cada uma dessas ciências na formação do território. Alguns dos temas tratados são a "sucessão vertiginosa de paisagens, a modelação do território, a sua riqueza faunística e florística e o seu potencial endógeno".

A exposição faz uma forte aposta nas novas tecnologias para garantir uma maior interação dos visitantes com os conteúdos. Carlos Lima destacou ainda o vagão de um comboio que faz parte da mostra. As janelas desta composição foram transformadas em ecrãs que permitem circular pelo tempo e ver a riqueza da biodiversidade local.

A exposição representa um investimento de 309 mil euros, cofinanciados por fundos comunitários. Para além da zona onde está instalada a mostra, o centro possui ainda laboratórios e um espaço dedicado à leitura e promoção da investigação. Para a área exterior foram pensados outros projectos como estufas, um borboletário e um jardim de ervas aromáticas.

"Vamos preparar actividades ao longo do ano que decorrem no laboratório e também ao ar livre e que são a experimentação daquilo que é visto na exposição permanente, no sentido de aprofundar o conhecimento e de perceber muitos dos mecanismos da natureza na formação de um pequeno ser, ou de uma árvore ou de uma paisagem", frisou Carlos Lima.

O Centro de Ciência integra a rede do Programa de Preservação da Biodiversidade, criado em 2012 pela Câmara de Vila Real e que conta com parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). No entanto, o município mantém a intenção de integrar este espaço na rede nacional de Centros de Ciência Viva. Para o efeito, estão a decorrer negociações com a Agência Portuguesa do Ambiente.

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