Depois da aflição, o Benfica ficou mais confortável na Champions

Golos de Jonas e Luisão deram à equipa de Rui Vitória o triunfo sobre o Galatasaray (2-1). Os “encarnados” tiraram partido do empate do Atlético de Madrid com o Astana para isolar-se na liderança do Grupo C

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Festejos do Benfica Francisco Leong/AFP
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Gaitán em acção, antes de ser expulso Francisco Leong/AFP
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Luisão marcou um golo Francisco Leong/AFP
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A bola nas redes do Galatasaray Francisco Leong/AFP
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Jonas festeja o primeiro golo do Benfica Rafael Marchante/Reuters
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Raul Jiménez Rafael Marchante/Reuters

Os benfiquistas ficaram na expectativa até ao último segundo, mas a noite teve final feliz. O Benfica venceu o Galatasaray por 2-1, com golos de Jonas e Luisão, e passou a liderar de forma isolada o Grupo C da Liga dos Campeões, beneficiando do empate do Atlético de Madrid com o Astana. A qualificação para os oitavos-de-final da competição está mais perto dos “encarnados”, que ficam à espera do que o Galatasaray venha a fazer na próxima jornada, no terreno do Atlético de Madrid. Se os turcos não ganharem, o Benfica tem um lugar garantido entre as 16 melhores equipas do futebol europeu.

A equipa de Rui Vitória devolveu ao Galatasaray o resultado pelo qual tinha sido derrotada há duas semanas, em Istambul, dando razão ao técnico: Vitória tinha dito que o objectivo era “repor a verdade” e isso foi conseguido em parte. Mas os sobressaltos que os “encarnados” viveram, sobretudo na recta final do encontro, também deixaram à vista algum desnorte. Uma imagem que já tinha ficado patente na primeira parte, quando o Benfica mostrava ser capaz do melhor e do pior – tanto mostrava magia na frente, como logo a seguir evidenciava fragilidade no meio e atrás.

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Tal como tinha acontecido em Istambul, a entrada do Benfica na partida foi forte, e desde os primeiros minutos que os “encarnados” começaram a colocar Muslera à prova. Gaitán rodopiou por entre dois adversários, entrou na área mas atirou para fora. Jiménez viu o seu remate ser travado pelo pé do guarda-redes uruguaio. Gonçalo Guedes tentou um remate em jeito, e Jonas também testou o internacional uruguaio, mas ninguém teve sucesso. E o Galatasaray, que optava sempre por imprimir um ritmo lento à partida, foi conseguindo enredar a equipa de Rui Vitória, cujo rendimento começou a decair.

Mesmo a fechar o primeiro tempo, o Benfica ficou com razões de queixa de Milorad Mazic: Burak Yilmaz, que já tinha um cartão amarelo, tocou a bola com o braço, mas o árbitro sérvio “perdoou” a expulsão ao avançado turco. Só que mostrou o amarelo a Gaitán, por protestos, o que viria a revelar-se determinante para a expulsão por acumulação, na segunda parte, do argentino.

A eficácia que o Benfica não tinha conseguido mostrar na primeira parte revelou-se no segundo tempo. A equipa de Rui Vitória colocou-se em vantagem aos 52’, na sequência de um livre: Talisca colocou a bola em Jardel, que tocou de cabeça para a área. Luisão tentou fazer a recepção mas tocou na bola de forma desajeitada, deixando-a à mercê de Jonas, que inaugurou o marcador.

Só que a festa nas bancadas da Luz não durou muito tempo. Seis minutos depois estava restabelecida a igualdade, com Bilal Kisa a driblar Luisão de forma inadvertida e a bola a sobrar para Podolski, que atirou sem hipóteses para Júlio César. Estava tudo de volta à estaca zero.

Mas o Benfica estava por cima na partida e, novamente num lance de bola parada, chegou ao 2-1. Após um canto de Gaitán, Jiménez desviou para Luisão, que parou a bola e fuzilou autenticamente a baliza do Galatasaray (67’). E então a eficácia voltou a abandonar os “encarnados”, que tiveram um par de ocasiões flagrantes de golo, que não conseguiram aproveitar. Gaitán, de livre, fez a bola passar por baixo da barreira mas Muslera opôs-se com uma excelente defesa (72’), tal como aconteceu aos 84’, quando Jiménez surgiu em óptima posição, após um ataque conduzido por Gaitán.

A partida só terminaria após um período frenético, impróprio para cardíacos. Gaitán foi expulso logo a seguir, por acumulação de amarelos, numa falta sobre Emre Çolak. E instalou-se o sufoco, por vezes a aflição, entre os “encarnados”. O Galatasaray tornava-se cada vez mais perigoso, e, num par de ocasiões, só a atenção de Júlio César salvou o Benfica. Quando não foi o internacional brasileiro a brilhar, valeu a falta de pontaria turca: Yasin Öztekin teve, aos 90’+2’, a oportunidade mais flagrante, mas errou o alvo de forma incrível. E a vitória não fugiu ao Benfica, que soma nove pontos após quatro jornadas.

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