Esqueçam as mantas com mangas, as escalfetas, os pijamas-macacão polares que nos transformam nos mais fofinhos seres do reino animal. A medalha de ouro para as melhores invenções para ultrapassar o mais gélido Inverno vai mesmo para o Japão e para o seu "kotatsu" que, ainda para mais, tem uma assinatura verde. É, provavelmente, o melhor plano para todos os domingos chuvosos que estão pela frente.
Trata-se de um móvel, muito comum no país nos meses mais frios, constituído por uma mesa pouco alta com um aquecedor por baixo, ao redor da qual se prende um cobertor ou uma colcha grande que impede que o ar quente escape. Para se aquecerem, as pessoas sentam-se à volta do tampo com o tecido por cima e, dizemos nós, dificilmente devem sair de lá. É uma forma de, como lembra o Treehugger, convívio confortável e sem abusar nas contas da luz.
Segundo a Wikipédia, a origem deste conceito remonta ao século XIV ao "iori", uma espécie de lareira japonesa, mas é no século XVII que se encontra o antepassado mais directo, o "hori-gotatsu", que era cavado no chão. Hoje, o "kotatsu" moderno, conhecido como "oki-gotatsu", é móvel e pode ser uma autêntica peça de design. Como mobiliário já é vendido integrado em módulos de sofás, ajudando a aquecer as casas japonesas que geralmente não têm bom isolamento, nem aquecimento central.
No Irão, também há uma peça semelhante, o "korsy". E, por cá, a mesa-camilha, em que era colocada um braseiro, tem o mesmo conceito. Para os mais friorentos, ou vítimas frequentes de "sunday blues", fica uma dica: há quem ensine a transformar uma comum mesa Lack do Ikea num "kotatsu".
