A segurança em Portugal

A segurança é uma mais-valia para a economia e para o país.

Portugal está timidamente a iniciar a recuperação da crise económica que há alguns anos se instalou e que tantos impactos teve na vida dos portugueses. Há, no entanto, um fator muito positivo e altamente competitivo que o nosso país apresenta, quando comparado com outros destinos: a segurança. De facto, segundo revela o Global Peace Index, Portugal ocupa a 11.ª posição na lista dos países mais seguros do mundo.

Os resultados do último Barómetro sobre a Segurança, Proteção de Dados e Privacidade em Portugal revelam ainda que 73% dos portugueses inquiridos avaliam Portugal como sendo um país seguro ou muito seguro. Estes dados refletem o empenho crescente das autoridades e das forças de segurança, mas também das empresas de segurança privada, em encontrar soluções credíveis e sustentáveis para garantir a segurança dos cidadãos e dos bens. Neste sentido, todos os agentes (decisores públicos e privados, autoridades e empresas de segurança privada) devem ter em conta que a segurança é uma mais-valia para a economia e para o país.

O turismo é um setor estratégico para a economia portuguesa e um dos mais competitivos a nível internacional. A acrescer aos turistas, há também os seniores estrangeiros que escolhem o nosso país para fixar residência – pelos benefícios fiscais e pelo clima, mas também pelos elevados índices de segurança. Medidas preconizadas e levadas a cabo pelas autoridades como o patrulhamento em pontos estratégicos, a criação de esquadras de proximidade ou a formação dos agentes em línguas estrangeiras têm ajudado a combater a criminalidade existente, marcada essencialmente pelo pequeno furto.

Por outro lado, faz hoje parte do nosso dia-a-dia a presença da segurança privada em espaços tão díspares como estabelecimentos comerciais, retalho, bancos, aeroportos e recintos desportivos e de espetáculos, como complemento das atividades da segurança pública, contribuindo desta forma para a segurança das pessoas e dos espaços.

A segurança privada em Portugal constitui um relevante setor de atividade cuja importância é reforçada, no quadro da política de segurança interna, pelo caráter complementar e subsidiário às atribuições das forças e serviços de segurança. É neste pressuposto e como forma de trilhar um caminho de progresso e desenvolvimento e de forte contributo para a segurança do país que a segurança privada deve apostar em dois vetores essenciais: na formação dos seus colaboradores (a segurança privada conta com mais de 35.000 profissionais) e na inovação e competitividade das soluções que apresenta ao mercado.

A inovação pode trabalhar-se internamente com a constituição de equipas multidisciplinares; mas também o devemos fazer lançando desafios às universidades com o objetivo de identificar e poder dar seguimento a projetos empreendedores e inovadores que, em grande medida, assentam na tecnologia, imprimindo eficiência e eficácia à segurança global.

Presidente executiva da Esegur

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