Realizadas buscas em vários países a casas de suspeitos de ataques com o vírus DroidJack
Operação decorreu na Alemanha, França, Reino Unido, Suíça e Estados Unidos. Malware usado por suspeitos ataca aparelhos Android.
Elementos da polícia alemã, francesa, britânica, suíça e norte-americana estiveram envolvidos numa mega-operação coordenada de buscas domiciliárias a casas de pessoas suspeitas de lançarem ataques com o vírus DroidJack em telemóveis e teblets Android, que permite assumir o controlo à distância de um aparelho sem que o seu utilizador o saiba.
A Europol, que participou na investigação, avança que a operação começou na Alemanha e contou com o apoio de mais quatro países, tendo sido revistadas várias habitações e detidos vários suspeitos. Decorreu no âmbito de uma investigação multinacional coordenada pelas agências europeias responsáveis pela polícia, a Europol, e de cooperação judiciária, a Eurojust.
Pelo menos quatro pessoas foram interpeladas em França e colocadas em prisão preventiva no âmbito da operação, indica a AFP, que cita uma fonte policial, sendo que Alemanha foram realizadas buscas às casas de 13 suspeitos de utilizarem o DroidJack, segundo as autoridades de Frankfurt. Os indivíduos tinham entre 19 e 51 anos.
Na Suíça, foi realizada uma busca domiciliária, da qual não resultou qualquer detenção, segundo a porta-voz do Fedpol, o gabinete federal da polícia, Myriam Stucki, em declarações à AFP. Não foi avançado ainda o número total de pessoas detidas na operação internacional.
As investigações começaram na última terça-feira numa operação coordenada entre os cinco países, tendo as primeiras informações sobre a mesma sido divulgadas ao final desta quinta-feira.
O vírus DroidJack tem como objective monitorizar à distância o tráfego de dados num smartphone ou tablet, ouvir conversações telefónicas ou chegar à câmara do aparelho para chegar a vídeos e fotografias do utilizador, bem como enviar mensagens e aceder a dados que estema armazenados, explica a Europol.
O Droidjack é um trojan de acesso remoto que pode ser encontrado à venda na Internet por cerca de 192 euros e que afecta apenas aparelhos com o sistema Android, do Google.