Veio da Womex, em Budapeste, e segue para Itália. Pelo meio, dá esta quarta-feira um espectáculo único em Lisboa, no B.Leza, pelas 22h. O nome, Joyce Cândido, dirá pouco à maioria dos portugueses, embora ela já tenha actuado por cá, há quatro anos, quando veio conhecer o país dos seus avós e dar um primeiro concerto em Lisboa, no Vinyl. Mas o que distingue Joyce Cândido de muitas das cantoras da sua geração são os elogios que tem vindo a receber de grandes figuras da música brasileira. No seu trabalho O Bom e Velho Samba Novo participaram Elza Soares, João Bosco, Carlinhos de Jesus, Toninho Geraes; foi convidada a cantar com Toquinho, nos seus 50 anos de carreira; Bibi Ferreira dirigiu-a em palco; e o crítico e produtor Zuza Homem de Mello já escreveu que Joyce parece “pronta a integrar o minguado rol das gratas revelações de cantoras que valem a pena.”

Nascida em 1983 em Assis, interior de São Paulo, e criada em Maracaí, frequentou a Faculdade de Música de Londrina, no Paraná. Depois, tentou o exterior. “Morei em Nova Iorque três anos, cantando, e depois fui para o Rio de Janeiro”, diz Joyce ao PÚBLICO, já em Lisboa. A ida para os EUA ocorreu em 2008, logo após a gravação do seu primeiro CD, em Londrina. “Foi um trabalho bem local, lançado lá na cidade. Em Nova Iorque eu queria estudar na Broadway, fiz aulas de canto e de dança e cantei bastante no circuito de música brasileira.”

Na volta, no Rio, onde passou a morar, lançou o CD O Bom e Velho Samba Novo, pela Biscoito Fino e um DVD ao vivo, que foi bastante elogiado. Agora tem um EP novo nas mãos, quatro músicas, que hão-de dar origem a um novo CD em 2016: “Gravei O Juízo final, de Nelson Cavaquinho, uma música minha com Roberto Pontes (O que sinto), e os sambas Hoje não, de Zé Ricardo, e Cama de ilusão, de Paulinho Moska e Zé Renato.”

Com Joyce Cândido, no B.Leza, estarão hoje três convidados especiais: as cantoras Luanda Cozetti e Susana Travassos e o cantor e também guitarrista Luiz Caracol.