Leixões conquista liderança na carga ro-ro
Apesar da quebra das exportações, movimento de carga em Leixões registou um crescimento de 4,1%
Enquanto assiste à redução significativa de exportações, nomeadamente para Angola (um dos grandes mercados de destino da mercadoria), e a uma quebra de 8,7% na carga contentorizada nos primeiros nove meses do ano, o Porto de Leixões vai conseguindo bater outros recordes, que lhe permitem continuar a acreditar que vai conseguir ultrapassar a fasquia dos 18,1 milhões de toneladas de mercadorias movimentados durante o ano de 2014. Para já, entre Janeiro e Setembro deste ano, já registou o total de 13,7 milhões de toneladas, e um crescimento global de 4,1%. E também uma certeza: com um crescimento de 85% do movimento "ro-ro", o Porto de Leixões tornou-se o líder nacional no chamado tráfego roll-on/roll-off.
O principal responsável por isso é a companhia belga Cobelfret, que reforçou as suas ligações ao norte da Europa, nomeadamente para Roterdão, a partir de Leixões. O tráfego ro-ro é feito com navios que recebem carga dos transportadores rodoviários internacionais (os camiões podem entrar directamente no navio, e são uma alternativa ao uso da rodovia), transporte de viaturas, etc, ou outros contentores com rodas. Em Leixões, os navios da CLdN/Cobelfret são operados pelo TCL (empresa do universo Tertir, recentemente vendida aos turcos da Yildrim) no terminal multiusos, num serviço iniciado no início de 2013. O navio ro-ro Catherine, tem uma capacidade de transporte de 2700 metros lineares, mil metros mais do que o primeiro a iniciar as operações, o Adeline. Num comunicado, onde comenta os resultados conseguidos nos primeiros trimestres do ano, o presidente da APDL, Brogueira Dias, anuncia que a CobelFret vai arrancar com uma terceira ligação semanal entre Leixões e Roterdão.
Entre os meses de Janeiro e Setembro, a evolução da movimentação de carga do Porto de Leixões foi positiva nos granéis líquidos (+7,1%), na carga fraccionada (+11,9%), no ro-ro (+85%) e nos granéis sólidos (+14,8%). O movimento de contentores em dimensão (TEU) e em número registaram quebras de 6,2% e 7,1%, respectivamente.