Paris Saint-Germain condenado a pagar 5,5 milhões de euros

Em causa estão complementos salariais não declarados a jogadores no início dos anos 2000.

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Francis Graille, ex-presidente do PSG, ao centro Reuters

O Paris Saint-Germain foi nesta terça-feira condenado pelo tribunal parisiense a pagar 5,5 milhões de euros às finanças por complementos salariais não declarados pagos aos jogadores entre 2000 e 2005. Também a Nike, fabricante de equipamentos desportivos, terá que pagar ao organismo responsável pela cobrança das contribuições patronais 150 mil euros referentes a multas, estando também obrigada ao pagamento solidário dos danos causados pelo PSG, até um limite máximo de 3,778 milhões de euros.

No cerne da questão poderá estar o aumento das exigências financeiras feitas aos jogadores, após o Campeonato do Mundo de 1998, sendo que a justiça francesa entende que os acusados recorreram a meios ilegais para contornar o problema. À época, as transferências de jogadores foram sobrevalorizadas e acompanhadas por um aumento das comissões pagas a agentes.

Foram utilizadas também práticas como reembolsos ocultos a estrelas de futebol através de contratos de direitos de imagem com a Nike francesa. Estes meios foram considerados salários disfarçados, tendo a justiça francesa acusado a Nike de cobrar multas falsas ao PSG pelo não cumprimento dos ditos contratos de direitos de imagem.


Não é a primeira vez que o caso passa pelo tribunal. Em 2013, Laurent Perpère, presidente do PSG de 1998 a 2003, foi condenado a 10 meses de pena suspensa e multa de 30 mil euros. Francis Graille, sucessor até 2005, também saiu sentenciado a seis meses de pena suspensa e multa de 15 mil euros.

Apontados como os principais beneficiários, os jogadores não foram processados. O português Pauleta encontra-se entre esse grupo de futebolistas, juntamente com o brasileiro Ronaldinho, os franceses Nicolas Anelka e Frédéric Dehu, o nigeriano Jay Jay Okocha e os argentinos Gabriel Heinze e Mauricio Pochettino.

Texto editado por Nuno Sousa

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