FPF com lucros acima do previsto em 2014-15
Proveitos desceram mais de 66% face ao ano anterior, mas mesmo assim a federação não teve prejuízo.
Os lucros da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) caíram 66,2% mas, ainda assim, ficaram acima do previsto, de acordo com o Relatório de Actividades e Gestão do organismo da época 2014-15.
No documento, a FPF apresenta um resultado positivo de 435.976,05 euros, acima dos 156.369 orçamentados – em ano em que não houve participação em Europeu ou Mundial -, mas inferior ao obtido no exercício anterior, quando apresentou lucros de 1.291.499,40 euros.
O organismo refere que “a diminuição global dos gastos resulta maioritariamente da diminuição de prémios pagos, tendo as restantes classes de gastos se mantido a um nível semelhante ao do período anterior”, sendo que as receitas de 2013-14 foram influenciadas “pelos valores atribuídos no Mundial 2014”.
“A FPF assegurou neste exercício um crescimento exponencial dos apoios financeiros aos clubes e associações regionais e distritais, garantiu um aumento do número de jogos e competições sob a sua égide, desenvolveu e fez crescer o número de selecções nacionais e promoveu o desenvolvimento do futebol feminino, do futsal e do futebol de praia”, lê-se na mensagem de Fernando Gomes, líder federativo.
Além de recordar que o organismo, sob a sua gestão, “apresentou sempre resultados de gestão positivos”, Fernando Gomes sublinhou que a FPF é “um contribuinte líquido do Estado em cerca de sete milhões de euros anuais”, assinalando a ausência de “dinheiros públicos e dos contribuintes” na construção da Cidade do Futebol.
Na Assembleia Geral ordinária, marcada para 24 de Outubro, que vai votar o Relatório de Actividades e Gestão, a direção da FPF vai apresentar a proposta de aplicação dos resultados, com a afectação de 400 mil euros “ao fomento do futebol não profissional, designadamente subsidiando os seguros e exames médicos do futebol e futsal femininos e a redução das taxas de organização e arbitragem do campeonato nacional de seniores”.
Os cerca de 36 mil euros restantes deverão, de acordo com a mesma proposta, “reforçar os fundos patrimoniais através da conta de resultados transitados”.
Após esta reunião magna, os sócios e delegados vão apreciar, numa AG extraordinária, marcada para as 11h, duas propostas de alterações dos estatutos da FPF e a atribuição do estatuto de sócio de mérito aos ex-árbitros internacionais Pedro Proença e Olegário Benquerença.
A proposta de distinção dos dois árbitros que estiveram nos últimos Mundiais de futebol, Benquerença em 2010 e Proença em 2014, foi apresentada pelo Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, que a aprovou “por unanimidade e aclamação”, em 24 de Janeiro.