Pitchfork foi comprada pelo império Condé Nast

A influente revista digital de música não perderá a sua identidade "indie", segundo os seus proprietários.

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O primeiro concerto de Patti Smith no Nos Primavera Sound foi na tenda da Pitchfork Paulo Pimenta

A publicação digital Pitchfork, sediada nos Estados Unidos, uma das mais influentes no campo da música mais alternativa ou "indie" na última década, foi adquirida pelo grupo Condé Nast, que é proprietário de revistas consolidadas como a Vanity Fair, Vogue, GQ, Wired ou New Yorker, entre outras.

A Pitchfork é a primeira revista digital a ser adquirido pelo grupo. “Uma voz editorial clara, uma audiência entusiasta e jovem, uma cada vez maior plataforma vídeo e um próspero negócio de eventos”, são algumas das razões enunciadas pela Condé Nast para a aquisição.

Não são conhecidos os detalhes económicos da compra que já é efectiva, sabendo-se apenas que a Condé Nast também comprou os direitos sobre os dois festivais de música que a revista organiza, bem como a publicação em papel quadrimestral The Pitchfork Review. A revista é também curadora de palco noutros festivais, como nos Nos Primavera Sound.

O contrato permitirá à publicação ampliar a sua cobertura do panorama musical, em todas as plataformas, assinalou Ryan Schreiber, o fundador da influente publicação. Numa notícia veiculada pela própria revista é valorizada a trajectória do grupo editorial, enaltecendo-se a integridade ao longo de 100 anos de existência, e assegura-se que a Pitchfork manterá o controlo editorial sobre os conteúdos, ou seja, a sua identidade “indie” não será beliscada.

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