Divergências entre Isabel do Santos e Sonae na NOS são “um não assunto”

O presidente da NOS, Miguel Almeida, garante que na empresa reina a harmonia, mesmo depois da ruptura entre os dois accionistas nos projectos em Angola.

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Miguel Almeida: “É um completo não assunto” o de uma possível desavença entre os dois parceiros José Maria Ferreira

Na NOS, a Sonae e Isabel dos Santos continuam amigos como dantes. O fim da parceria entre o grupo de Paulo Azevedo e a filha do presidente de Angola para o sector do retalho não teve qualquer impacto no negócio de telecomunicações, garantiu nesta quinta-feira à noite o presidente executivo da NOS, Miguel Almeida, num jantar-debate organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

“É um completo não assunto” o de uma possível desavença entre os dois parceiros que controlam a NOS, assegurou o líder executivo da empresa. É que no conselho de administração da operadora, em que se sentam representantes dos dois accionistas, continua a haver o mesmo “orgulho e satisfação pelos resultados alcançados” e o “apoio ao caminho escolhido” pela equipa executiva é o mesmo “desde o primeiro minuto”, assegurou.

Razões para que Miguel Almeida garanta “não estar a ver” como é que o fim pouco amistoso do projecto conjunto para a abertura de hipermercados em Angola possa alterar “a estabilidade” que se vive no conselho de administração da NOS e é transmitida à equipa executiva.

No início da semana, a ruptura no acordo entre a empresária angolana e o grupo português para o investimento no retalho alimentar em Angola foi finalmente assumida. Isabel dos Santos lançou a sua cadeia de hipermercados, a Candando (controlada pela empresa Contidis), e a Sonae anunciou a venda da posição de 47% que detinha na joint-venture criada em 2011.

Para trás ficaram meses de especulações, depois da polémica saída de dois quadros da área de retalho do grupo português (João Paulo Seara e Miguel Osório) para trabalharem com a filha de José Eduardo dos Santos na nova marca angolana. Aconteceu em Fevereiro e, em Março, ainda Paulo Azevedo dizia estar à espera de explicações de Isabel dos Santos.

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