Costa “ao sabor do jogo político” no Porto

Banho de multidão para comitiva socialista na Rua de Santa Catarina.

Fotogaleria
Fotos Paulo Pimenta
Fotogaleria
Paulo Pimenta
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria
Fotogaleria

O socialista não escondia o sorriso orgulhoso com a afluência que gerara no centro da cidade. Somou-se confusão, atropelo, suor e euforia à volta da caravana socialista durante os 45 minutos que esta levou a atravessar a rua de Santa Catarina.

Recorrendo às tradicionais tácticas, o aparelho tratou de fazer o jogo político com o entusiasmo popular à volta do seu candidato. Soltou os bombos nas ruas, juntou os nomes sonoros da região para surgirem ao lado do líder – como Francisco Assis, Manuel Pizarro e a olimpica Rosa Mota - destacou os jotas para acenar bandeiras, largar confetis e largou o aparato no empedrado.

Chegado ao fim, num palanque improvisado deixou a mensagem lancinante dos últimos dias. “Não podemos deixar ao sabor dos jogos políticos a decisão que só ao povo cabe tomar. E para que ninguém queira subverter a vontade popular”, gritava para os apoiantes.

Mas, resultado da desorganização, foi um secretário-geral “ao sabor” do habitual jogo do empurra, do abraço e da euforia. Abafado e apertado, o socialista, sorridente, ia beijando os que lhe surgiam pela frente, assinando autógrafos em biografias, suportando que o levantassem em ombros e parando de vez em quando para respirar e limpar o suor.

A dada altura, a confusão era tanta que o cordão que tentava proteger o líder já irritava, pisava e magoava quem tentava chegar a Costa. O director de campanha fazia de escudo humano. Teve de ser o filho do candidato, Pedro Costa, a meter ordem nas tropas. “Levantem a pressão que são vocês que estão a gerar o caos”, gritou para a fila de militantes a imitar guardas pessoais.

A mancha humana perdia impacto porque se dispersava ao longo da rua. Costa seguia no meio da massa, porque alguns jotas e apoiantes fugiam da confusão, seguindo uns metros à frente do secretário-geral. A caravana assistiu a um coordenador irritado a passar um raspanete aos jotas, para fossem para trás da cabeça da comitiva.

Sugerir correcção
Comentar