Ossadas de familiares de Camilo Castelo Branco trasladadas para Famalicão

Iniciativa está integrada nas Jornadas Camilianas, que decorrem a 9 e 10 de Outubro em São Miguel de Seide.

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CAmilo Castelo Branco nasceu em Lisboa e viveu parte da sua vida em Famalicão Nelson Garrido

As ossadas de alguns familiares do escritor Camilo Castelo Branco vão ser trasladadas para o cemitério de São Miguel de Seide, em Famalicão, terra onde viveram, durante um encontro, em Outubro, sobre a vida e obra do romancista.

O director da Casa de Camilo, José Manuel Oliveira, afirmou esta quarta-feira à Lusa que a 2.ª edição dos Encontros Camilianos de São Miguel de Seide, entre 9 e 10 de outubro, vai ficar marcada pela trasladação das ossadas da mulher, filho, neta, nora e pai da nora do romancista para esta freguesia de Vila Nova de Famalicão.

Esta iniciativa é realizada pela câmara local que a considera um "acto de justiça" para com a memória de Camilo Castelo Branco, acrescentando que os familiares regressam "à sua terra, ao seu lar e onde foram felizes". Camilo Castelo Branco, a seu pedido, está sepultado no jazigo de um amigo, João António de Freitas Fortuna, no cemitério da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, Porto, onde permanece.

O programa dos Encontros Camilianos contempla ainda um roteiro cultural e concurso fotográfico no Santuário de Bom Jesus do Monte, em Braga, a exibição de uma peça teatral, a antestreia do documentário Escritores a Norte -- Vidas com Obras em Casas d'Escrita: Episódio dedicado a Camilo Castelo Branco e visita à sua casa-museu. Durante dois dias, investigadores universitários vão refletir sobre aspectos da obra de Camilo como, por exemplo, sobre a presença do rio Douro nos seus textos, explicou José Manuel Oliveira.

O objectivo dos encontros é "promover o debate e a reflexão interdisciplinar em torno das temáticas camilianas, contribuindo para a melhor divulgação da vida e da obra do romancista", referiu Oliveira. Este ano, os Encontros Camilianos assinalam o 190.º aniversário do nascimento e os 100 anos do incêndio que destruiu a sua moradia na aldeia de São Miguel de Seide, local onde passou parte significativa da sua vida, apesar de ter nascido em Lisboa.

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