Tekever: empresa portuguesa vai produzir drones no Alentejo

Tekever arranca a produção no início do próximo ano e quer criar 60 a 70 postos de trabalho. Até ao fim deste ano, deve também ser inaugurado um campus universitário

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Centro de desenvolvimento para a produção do modelo AR5 fica no distrito de Portalegre Tekever

Uma empresa portuguesa que se dedica à produção de drones vai instalar uma fábrica no aeródromo de Ponte de Sor, no Alto Alentejo, num investimento de cinco milhões de euros, revelou esta terça-feira o presidente do município. Hugo Hilário adiantou à agência Lusa que a empresa Tekever deverá arrancar com a produção no início de 2016, prevendo criar entre 60 a 70 postos de trabalho.

De acordo com o autarca, a empresa tenciona criar em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, um centro de desenvolvimento para a produção do modelo AR5, vocacionado para operações de busca e salvamento, vigilância, patrulha marítima e detecção de poluição. "É o maior modelo de aviões não tripulados que a empresa fabrica", acrescentou.

Segundo Hugo Hilário, este investimento surge na sequência do "esforço que o município tem feito nos últimos anos" para desenvolver o aeródromo daquela cidade alentejana, que acolhe vários projectos empresariais relaccionados com a aeronáutica.

O autarca acrescentou que a maior parte do drones, a produzir em Ponte de Sor, destina-se à exportação e que a fábrica vai ficar instalada numa área coberta de três mil metros quadrados. O drone que vai ser produzido no aeródromo de Ponte de Sor tem um comprimento de 4,5 metros, 150 quilos de peso e com um preço de mercado entre 500 mil e um milhão de euros.

O aeródromo de Ponte de Sor inclui uma pista de aviação com 1800 metros, uma empresa de manutenção aeronáutica, a base dos meios aéreos da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) e uma escola internacional de pilotos de aviação, entre outras empresas, tendo sido já criados 130 postos de trabalho.

Hugo Hilário adiantou que "até ao final deste ano" vai ser inaugurado um campus universitário naquele espaço, num investimento de 4,2 milhões de euros e destinado ao ensino superior e à investigação aeronáutica. O campus universitário vai ficar equipado com salas de aulas multidisciplinares e alojamento para os alunos (mais de 160 quartos), pretendendo o município formar uma "tipologia" que sirva os propósitos de todas as entidades e empresas já sediadas no aeródromo, bem como das escolas superiores que pretendem instalar-se.

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