Marinho e Pinto acusa PaF de "eleitoralismo primário" e critica sondagens

Líder do PDR diz que o Governo está a fazer "terrorismo fiscal" e ainda se vangloriar disso.

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Marinho Pinto diz que medida do Governo é “um ajuste de contas pessoais”. Daniel Rocha

O líder do Partido Democrático Republicano (PDR), Marinho e Pinto, acusou a coligação "Portugal à Frente" (PSD/CDS) de "eleitoralismo primário" por prometer devolver a sobretaxa do IRS durante a campanha e classificou as sondagens dos últimos dias como "burlas".

Em Guimarães, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados acusou ainda o Governo de estar a fazer "terrorismo fiscal" e ainda se vangloriar disso apresentando os números da execução orçamental como positivos.

Os números da execução orçamental foram conhecidos sexta-feira, tendo o Governo admitido devolver no próximo ano 35,3% da sobretaxa de IRS paga em 2015, se o ritmo de crescimento das receitas de IRS e de IVA registado até agosto se mantiver até ao final do ano.

"Eleitoralismo do mais primário vindo de pessoas que não têm credibilidade nenhuma, em quem não se pode acreditar porque mentiram com o maior descaramento aos portugueses nas últimas eleições prometendo não fazer determinadas coisas e fazendo-as descaradamente depois de eleitos", afirmou Marinho e Pinto quando questionado com a vontade do Governo de devolver a sobretaxa do IRS, depois de conhecidos os números da execução fiscal.

Por isso, salientou o líder do PDR, "quem acreditar no Governo, nos membros do Governo, nomeadamente no primeiro e no vice-primeiro-ministro, não está bom da cabeça, seguramente".

Ainda sobre os números da execução orçamental, Marinho e Pinto considerou os resultados como "terrorismo fiscal" sobre os portugueses.

"Eles podem esganar os portugueses com impostos, obrigar empresas à falência porque nem sequer aceitam o pagamento às prestações, mas não podem apresentar isso como resultado positivo da sua acção", disse. "Estão a arrecadar o máximo que podem para gastar logo a seguir e continuam a pedir dinheiro emprestado para pagar os juros da própria dívida", completou.

Quanto aos números do défice, que "disparou para 7%", o comentário do candidato a primeiro-ministro foi: "Meu Deus". "O que estas pessoas têm andado a fazer é a assaltar o que resta do património público. Isto é um Governo de loucos, de gente absolutamente tresloucada que não tem o sentido do que é o interesse nacional, de respeito pelos portugueses", explanou.

Confrontado com os resultados das sondagens, Marinho e Pinto apontou baterias ao número dois da coligação Portugal à Frente. "Essas empresas que estão a fazer as sondagens foram, com certeza, alunos do Paulo Portas na Universidade Moderna quando ele dirigia o centro de sondagens e que foi encerrada porque era um centro de criminalidade", disse.

"São sondagens à Paulo Portas na Universidade Moderna, que são verdadeiras burlas aos portugueses", finalizou, dando um exemplo. "Há 3 dias uma pessoa foi interrogada telefonicamente por uma dessas empresas de sondagens e quando disse que ia votar PDR responderam-lhe que o PDR não tinham. Estão a fazer sondagens para entusiasmar as hostes descrentes e desacreditadas, se calhar muitos eles pagos, a erguer bandeiras ao Dr. Paulo Portas e Dr. Passos Coelho", apontou.

O PDR faz este sábado campanha pelo Minho, tendo sido bem recebido em Guimarães onde, no mercado, o líder distribuiu material de campanha, conversou com comerciantes e clientes que o aplaudiram, embora nem sempre soubessem bem o nome do candidato.

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