BlackBerry vai lançar telemóvel com Android e teclado físico

Receitas da empresa caíram 47% no trimestre que terminou em Agosto.

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A empresa não vai abandonar o seu próprio sistema operativo Brendan McDermid/Reuters

A BlackBerry, que praticamente desapareceu do mercado de consumo, anunciou que vai lançar um telemóvel equipado com Android, abandonando a estratégia de ter apenas o seu próprio sistema operativo e adoptando o mais popular sistema para telemóveis em todo o mundo. O aparelho terá também um teclado físico, a imagem de marca dos BlackBerry.

Os planos da empresa já tinham sido noticiados, mas a confirmação oficial só chegou nesta sexta-feira, a acompanhar a apresentação de resultados trimestrais. “Hoje, confirmo os nossos planos para lançar o Priv, um dispositivo Android que recebe o nome da herança da BlackBerry e da missão central de proteger a privacidade dos nossos clientes”, afirmou o presidente executivo, John Chen. “O Priv combina o melhor da segurança e produtividade da BlackBerrt com o crescente ecossistema de aplicações disponível na plataforma Android”.

O novo telemóvel terá um teclado que desliza a partir da parte de trás do ecrã e foi descrito pela empresa como um aparelho topo de gama. A BlackBerry disse também que não abandonará o sistema operativo BlackBerry 10.

A empresa teve receitas de 490 milhões de dólares nos três meses que terminaram em Agosto, 47% abaixo 916 milhões do mesmo período do ano passado. O resultado líquido passou de um prejuízo de 207 milhões para lucros de 51 milhões.

O Android é o sistema operativo mais usado em todo o mundo. O desenvolvimento é encabeçado pelo Google e a plataforma é usada pela maioria dos fabricantes. As grandes excepções são a Apple e a Microsoft, que têm os seus próprios sistemas. A popularidade do iPhone coloca o iOS num afastado segundo lugar. A quota de mercado da Microsoft é muito reduzida.

Nesta sexta-feira, a agência Reuters noticiou que as autoridades americanas estão a investigar o Android na sequência de queixas de empresas sobre práticas anti-concorrenciais do Google. A Comissão Europeia já tem em curso uma investigação sobre o Android.

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