João Bénard da Costa para a rentrée em cinema e DVD

Uma operação da distribuidora Alambique celebra uma figura central da cinefilia portuguesa.

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DANIEL ROCHA

É, talvez, uma das mais singulares operações da exibição e edição cinematográfica portuguesa nos últimos tempos: celebrar não um realizador ou um filme, mas uma figura central para toda uma geração de cinéfilos portugueses. João Bénard da Costa, antigo director da Cinemateca Portuguesa, foi alvo de um aclamado filme documental assinado por Manuel Mozos, Outros Amarão as Coisas que Eu Amei, que se estreou no DocLisboa em 2014 e tem entretanto feito assinalável carreira internacional, com exibições na Viennale ou no festival de Roterdão.

O documentário chegará às salas no próximo dia 8 de Outubro (Monumental e Cinema Ideal em Lisboa; Teatro do Campo Alegre no Porto), partindo depois em circulação pelo país, e marcará a “abertura” de uma operação da distribuidora Alambique que celebra a importância de João Bénard da Costa enquanto divulgador e programador. A 15 de Outubro, será reposto em grande écrã Johnny Guitar, o western mítico de Nicholas Ray com Joan Crawford e Sterling Hayden que era o filme preferido de Bénard da Costa e que se tornou no emblema maior da sua cinefilia. No mesmo dia, será lançada uma colecção de oito DVD sob o genérico No Meu Cinema – título do programa que o director da Cinemateca animou na RTP-2, apresentando e comentando uma série de filmes em intervenções dirigidas por Margarida Gil. Os oito filmes escolhidos são À Beira do Mar Azul (1933), de Boris Barnet, Feras Humanas (1941), de Fritz Lang, O Rio Sagrado (1951), de Jean Renoir, Para Sempre Mozart (1996), de Jean-Luc Godard, Peregrinação Exemplar (1966), de Robert Bresson, Sentimento (1954), de Luchino Visconti, Um Caso de Vida ou de Morte (1946), de Michael Powell e Emeric Pressburger, e Um Verão de Amor (1951), de Ingmar Bergman – todos eles enquadrados pelas intervenções de Bénard da Costa. Os DVD poderão ser encontrados nas lojas Fnac ou através do site da distribuidora.  

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