Afinal, o “silêncio ensurdecedor” do PS é sobre Segurança Social

Passos Coelho esclarece frase enigmática deste domingo, que foi entendida como referência ao BES.

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Passos visitou esta manhã uma herdade de produção de azeite em Beja Miguel Manso
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Passos Coelho esclareceu nesta segunda-feira que se referia à Segurança Social e não ao BES — como entendeu quase toda a comunicação social — quando ontem lançou a frase enigmática dos “silêncios ensurdecedores”. O líder da coligação PSD/CDS falou aos jornalistas, esta manhã, depois de uma visita a uma herdade de produção de azeite, em Beja.

Nas declarações, começou por dizer que foi com essa frase que “rematou” uma intervenção sobre “independência do Estado”, em particular dos grupos económicos, e sobre a importância das grandes reformas, sobretudo na Segurança Social. Pelo quarto dia consecutivo, voltou a questionar em que prestações o PS se propõe cortar.

Um contexto bem diferente tinha sido dado no jantar-comício de ontem à noite, em que começou por assumir que não se arrepende de não ter dito à Caixa Geral de Depósitos para salvar o Grupo Espírito Santo. O exemplo de ter recusado ajuda do Estado para financiar o antigo BES foi usado para dizer que a coligação PSD/CDS combateu, na economia, o domínio de alguns.

“Se queremos um Estado ao serviço de todos, então queremos um Governo que queira lutar contra os privilégios e só pode lutar quem tenha provas dadas de que não quer estar ao serviço de alguns, mas sim ao serviço de todos”, sustentou. E acrescentou: “Deixem-me dizer-vos. Há silêncios nesta campanha eleitoral muito ensurdecedores. Queremos ter também um país que seja mais justo.”

Esta manhã, questionado pelos jornalistas sobre se se estava a referir ao silêncio do PS sobre o BES, Passos Coelho disse ter rematado a intervenção sobre reformas que o país tem de fazer. De facto, referiu-se à Segurança Social, mas no ponto seguinte do discurso.

Os jornalistas questionaram ainda como é que o líder da coligação quer explicações sobre como vai o PS poupar nas prestações sociais não contributivas e não apresentou a solução para a poupança dos 600 milhões de euros na sustentabilidade da Segurança Social. Passos Coelho reiterou que não será concretizada em cortes nas pensões, voltando a manifestar a concordância com o PS sobre a diversificação das fontes de financiamento.

Já sobre o limite máximo do plafonamento (tecto de descontos) das pensões, o líder do PSD remete para a concertação social: “Não sou eu que quero acabar com essa discussão com um valor.” Mas referiu alguns números que podem indicar um valor. “A pensão média estatutária não anda acima de 900 euros, estamos a falar de três ou quatro vezes isto. Não estamos a falar de uma coisa que muitos recebam.”

 

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