Apresentação das selecções do Mundial: Argentina

Os Pumas de Daniel Hourcade, se estiveram ao melhor nível, podem ambicionar voltar a disputar as meias-finais da prova

A inclusão no Rugby Championship e a chegada de Daniel Hourcade ao cargo de seleccionador recolocaram a Argentina no rumo certo, depois de uma quebra após o Mundial 2007. Se estiveram ao melhor nível, os Pumas, que estagiaram no início de Setembro no Algarve, podem mesmo ambicionar disputar as meias-finais.

 

Entre fases de grupo (1987, 1991, 1995 e 2003) e quartos-de-final (1999 e 2011), o terceiro lugar em 2007 resultou de um trabalho de excelência e perseverança, mas após o Mundial de França, a Argentina voltou a cair, até que Daniel Hourcade assumiu o comando dos Pumas.

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O seleccionador argentino, para além de ter treinado o Tucumán e os Argentina Jaguars,  tem uma forte ligação a Portugal pela sua passagem pelo Direito e selecção nacional, onde trabalhou com Tomaz Morais. Hourcade é responsável por criar equipas harmoniosas, tentando eliminar egos e individualismos, em detrimento de um jogo aberto, inteligente e mantendo a bola bem viva.

 

Como resultado disso, os Pumas são novamente uma equipa combativa, não se deixando contrariar com facilidade, havendo, no entanto, alguns aspectos de consistência e disciplina defensiva a merecer reparos. A mêlée e os driving mauls são armas já conhecidas.

 

 

Tomás Cubelli e Nicolas Sánchez formam uma dupla de médios dinâmica, com bons pontapés e capacidade de decisão, além de aliarem algumas características mais modernas nas suas posições, como sejam a capacidade atlética aliada à realização de placagens.

 

Nomes como Martín Landajo, Juan Martín Hernandez, Juan Fernandez Lobbe, Marcelo Bosh e Agustin Creevy serão essenciais nos desempenhos da equipa, aliados a alguns elementos mais novos, como Tomas Lavanini que pode trazer o risco e rebeldia, às vezes necessário em situações de ataque.

 

Tendo que disputar o Grupo C, juntamente com os All Blacks, Tonga, Geórgia e Namíbia, será expectável que consigam, sem grandes problemas, o segundo lugar, sendo previsível um confronto com a França ou a Irlanda, rivais que estão ao alcance dos Pumas nos seus melhores dias.

 

Curiosidade:

A selecção da Argentina é conhecida no mundo do râguebi como os Pumas. A adopção deste felino como imagem de marca dos argentinos terá surgido, no entanto, por engano. Na primeira digressão mundial desta selecção, em 1964, à África do Sul, um grupo de jornalistas que acompanhava a Argentina, ao tentar baptizar a equipa sul-americana reparou num felino presente no emblema da União Argentina de Rugby e um deles, apelidou imediatamente a selecção de "Pumas". O apelido foi posteriormente adoptado pelos argentinos, apesar de o animal que está no emblema da federação argentina de râguebi ser, na realidade, um jaguar.

 

Jogos na Fase de Grupos

20/09: Nova Zelândia-Argentina, 16h45

25/09: Argentina-Geórgia, 16h45

04/10: Argentina-Tonga, 14h30

11/10: Argentina-Namíbia, 12h00

 

Convocados

Avançados: Matias Alemanno, Marcos Ayerza, Agustin Creevy, Matias Diaz, Juan Fernandez Lobbe, Ramiro Herrera, Facundo Isa, Tomas Lavanini, Juan Manuel Leguizamon, Pablo Matera, Julian Montoya, Lucas Noguera Paz, Javier Ortega, Guido Petti, Leonardo Senatore, Nahuel Tetaz Chaparro.

Três-quartos:  Horacio Agulla, Marcelo Bosch, Santiago Cordero, Tomas Cubelli, Jeronimo De La Fuente, Lucas Gonzalez Amorosino, Santiago Gonzalez Iglesias, Juan Martin Hernandez, Juan Imhoff, Martin Landajo, Matias Moroni, Nicolas Sanchez, Juan Pablo Socino, Joaquin Tuculet.

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