Portugal sobe duas posições em ranking de inovação

Índice de inovação global coloca Portugal na 30.ª posição.

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Portugal chegou a estar na na 39ª posição. Barbara Raquel Moreira

Entre 141 países, Portugal ocupa a 30ª posição num ranking de inovação das economias mundiais elaborado anualmente pela Universidade de Cornell, pela escola de gestão Insead e pela agência das Nações Unidas, WIPO (World Intellectual Property Organization)

Esta classificação no índice de inovação global (cuja sigla inglesa é GII, de Global Innovation Index) divulgado nesta sexta-feira representa uma subida de duas posições em relação ao ano de 2014, obtendo uma pontuação de 46.6 numa escala de 0 a 100.

Apesar da melhoria na classificação, Portugal está entre os poucos países do grupo considerado com “rendimentos elevados” que continua a investir menos em investigação e desenvolvimento do que o verificado no período antes da crise. Finlândia, Singapura e África do Sul são outros dos exemplos nomeados.

Os 79 indicadores medidos por este índice estão distribuídos por sete segmentos, sendo eles instituições, capital humano e investigação, infra-estruturas, sofisticação do mercado, sofisticação de negócio, produção de conhecimento e tecnologia e produção criativa.

Destes segmentos, Portugal regista a melhor classificação em capital humano e investigação, instituições e produção criativa, ocupando a 25ª posição nos três. Pelo contrário, é na sofisticação de negócio que o país alcança piores resultados, estando em 65ª lugar.

As melhores classificações obtidas por Portugal estão nas categorias de rácio aluno-professor, crédito doméstico ao sector privado em percentagem do PIB (isto apesar dos elevados níveis de endividamento de particulares e sociedades não financeiras), facilidades nas insolvências, facilidades em iniciar um negócio, e investimento em software – todas entre o 7º e o 10º. Outros indicadores bem classificados são ambiente para fazer negócios, publicações científicas e sustentabilidade ecológica.

No sentido inverso, Portugal regista o pior desempenho em indicadores como formação bruta de capital fixo em percentagem do PIB (120ª posição), facilidade na obtenção do crédito (80ª), investimento (78ª), joint ventures e parcerias público-privadas (83ª) e paridade de poder de compra (89ª). O índice também regista como negativa a percentagem de empresas que dão formação aos trabalhadores.

A lista começou a ser publicada em 2007, ano em que Portugal se fixou na 39ª posição. Em 2011, a classificação portuguesa neste índice ficou pelo 33º posto, caindo no ano a seguir para 35ª. Com o 34º lugar registado em 2013, o país inverteu a tendência de descida.

A elaboração deste índice visa, segundo os autores, “fazer uma análise multifacetada da inovação para fornecer as ferramentas que podem ajudar na adaptação de políticas para promover o crescimento a longo prazo, a melhoria da produtividade e o crescimento do emprego”.

Apesar de a tabela ser liderada por Suíça, Reino Unido e Suécia, países como a China, Malásia, Vietnam, Índia, Quénia ou Uganda demonstram, segundo a análise dos autores, um ritmo de evolução dos indicadores superiores à média dos restantes países.

Outra das conclusões do documento é que a diferença tecnológica entre países desenvolvidos e em desenvolvimento está diminuir. Esta observação fica a dever-se em parte a uma melhor performance destes países no que toca à produção e aplicação de inovação. Os últimos lugares do índice de inovação global são ocupados pela Guiné, Togo e Sudão. 

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