CPA procura afirmar-se como “projecto de referência”

A escola de râguebi do Colégio Pedro Arrupe surgiu em 2011 e conta actualmente com 65 jovens entre os escalões de sub-8 e sub-14

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Criada em 2011, como actividade de complemento curricular, a escola de râguebi do Colégio Pedro Arrupe (CPA) procura afirmar-se como “projecto de referência” nos escalões de formação da modalidade em Portugal. O próximo desafio será criar uma equipa de sub-16, mas os responsáveis pelo projecto lamentam o assédio de que os seus jovens são vítimas por parte dos clubes “grandes”.

 

Actualmente, são 65 os jovens atletas, divididos pelos escalões dos sub-8 a sub-14, que integram o projecto da escola de râguebi do Colégio Pedro Arrupe, mas António Velez Cadete, coordenador geral e treinador do clube, revela que o “crescimento sustentado” da iniciativa leva a metas mais ambiciosas: “Para o próximo ano desportivo pretendemos continuar a crescer tendo como principais objectivos começar a desenvolver um projecto de caracter social e iniciar o escalão de sub-16.”

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António Velez Cadete explica que “os treinos decorrem no campo de relva sintética do colégio, que apresenta óptimas infraestruturas desportivas que são dinamizados por treinadores experientes e credenciados.”. No total, o CPA conta com cinco técnicos na sua estrutura: António Velez Cadete, Luís Barata, Filipe Silveira, Lourenço Corrêa Monteiro e João Vaz Pinto.

 

Para além da participação em competições e convívios organizados pela Federação Portuguesa de Rugby e pela Associação de Rugby do Sul, o râguebi CPA é um dos impulsionadores da “Colégios CUP”, da AEEP.

 

“A escola de Râguebi do CPA é caso único no panorama raguebístico nacional, uma vez que é a única escola, que apenas com alunos do colégio, participa em todas estas competições. As nossas iniciativas vão muito além da nossa actividade desportiva desenvolvendo estágios, palestras, um jornal online e convívios, entre outros”, refere António Velez Cadete.

 

O coordenador geral do projecto sublinha, no entanto, que “o cerne” do trabalho no Râguebi CPA é manterem-se “fiéis aos pressupostos do projecto educativo, sendo um contributo concreto para a formação integral dos jovens”.

 

Apesar do crescimento do projecto, João Vaz Pinto, técnico do clube, lamenta “a constante tentativa de superiorização de determinados clubes pela via do aproveitamento do trabalho de outros”. “Durante a época transacta vários clubes demonstraram interesse nos jovens jogadores do CPA. Depois de incansáveis, inoportunas e tristes tentativas, vários clubes conseguiram convencer pais e miúdos para que os jovens transitassem de equipa. Estes esforços roçam o ridículo e demonstram os verdadeiros valores pelo qual o râguebi português é talhado”, acusa.

 

“Bem sei que o CPA não é caso único, tendo outros pequenos e ‘grandes’ clubes o mesmo problema. É triste e cria desânimo, mas em tempo de crise de identidade, que impossibilita existir uma clara visão para o râguebi nacional, vamos esforçar-nos para continuar a contribuir com o exemplo de qualidade e acima de tudo com a clara certeza do caminho que devemos trilhar”, conclui João Vaz Pinto.

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