Chegou ao fim a longa espera do Athletic Bilbau

Os bascos empataram em Barcelona, na segunda mão da Supertaça espanhola, e conquistaram o troféu, 31 anos depois.

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Aduriz no momento do golo do empate, em Camp Nou Quique Garcia/AFP

Aos 80’ de jogo, misturaram-se assobios e aplausos nas bancadas de Camp Nou, quando Aritz Aduriz foi substituído. Para os adeptos do Barcelona, era o momento de vaiar o carrasco que lhes roubara um troféu; para os do Athletic Bilbau, era tempo de celebrar o herói que mais contribuiu para pôr fim a um jejum de 31 anos. Autor de quatro golos no conjunto das duas mãos, o avançado de 34 anos ofereceu ao País Basco a Supertaça espanhola e mais um motivo para exacerbar o orgulho regional.

É verdade que o Athletic já tinha conquistado a competição por uma vez, mas então em circunstâncias especiais. Na gloriosa época de 1983-84, os bilbaínos ganharam campeonato e Taça do Rei e sagraram-se automaticamente vencedores da Supertaça. Sem sequer irem a jogo. Desta vez, o cenário era diferente. E a correlação de forças também.

Do outro lado, o Barcelona, o clube com mais títulos na prova (11). Contra si, os catalães tinham uma primeira mão desastrosa (4-0) — em grande parte explicada pela revolução a que Luis Enrique foi obrigado, já que a equipa conquistara a Supertaça europeia três dias antes — e uma acumulação de minutos ao longo da última semana difícil de superar.

Entrou a todo o gás o anfitrião. Piqué ainda acertou na trave logo nos primeiros minutos, mas o 1-0 surgiu apenas aos 42’, por Lionel Messi. Era preciso uma segunda parte de arromba para virar a eliminatória, só que as aspirações cedo caíram por terra. Gerard Piqué foi expulso aos 57’ e deixou os catalães ainda mais diminuídos.

O Athletic sentiu-se, então, mais confortável na sua vantagem e mais confiante ficou aos 74’, quando Aduritz, autor de um hat-trick no San Mamés, na sexta-feira passada, voltou a castigar o Barcelona. O primeiro remate ainda foi travado por Claudio Bravo, o segundo não.

Estava feito o empate (1-1), que se manteria até final, e estava quebrado um jejum de mais de três décadas. O Athletic Bilbau voltava às conquistas e igualava, com duas Supertaças no currículo, o Atlético Madrid no quarto lugar deste ranking particular. Na última vez em que os bilbaínos tinham festejado um título no futebol, Aduriz tinha três anos.

 

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