Passos pede resultado “inequívoco” nas legislativas

Festa do Pontal no Algarve juntou mais de 3500 centristas e sociais-democratas.

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Paulo Portas, Pedro Passos Coelho e as laranjas do Algarve Vasco Célio/Stills
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Paulo Portas e Pedro Passos Coelho na festa do Pontal Vasco Célio/Stills
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Ambiente na festa do Pontal Vasco Célio/Stills

A coligação PSD/CDS deu mais um passo na dramatização da pré-campanha para as legislativas. Passos Coelho alertou para os problemas de um futuro Governo, caso não haja maioria absoluta. O momento escolhido para reforçar a mensagem da necessidade de estabilidade do futuro executivo foi a rentrée dos dois partidos, na festa do Pontal, na Quarteira.

O primeiro-ministro e líder do PSD não pediu a maioria absoluta nas próximas legislativas, mas alertou para as consequências de haver um governo minoritário no próximo 4 de Outubro. “Se o resultado não for inequívoco, o próximo Governo há-de ser seguramente um Governo cheio de problemas e isso seria um problema adicional para os portugueses", afirmou, perante mais de 3500 militantes dos dois partidos.

Passos Coelho dirigiu-se a todos os portugueses e pediu “um resultado” que permita à coligação governar “para resolver os problemas das pessoas e não andar à procura de como é que se revolve os problemas do Governo”.

Apesar do entusiasmo da plateia, o líder do PSD falou para o eleitorado desiludido com os quatro anos de Governo. pediu ainda aos portugueses para que decidam com "a cabeça e com o coração", colocando de parte qualquer "azedume, amargura e ressentimento".

Num discurso sem surpresas, Passos Coelho retomou a ideia de que a legislatura foi de excepcionalidade e pediu aos portugueses que deixem a coligação governar “em tempos normais”. Tal como Paulo Portas – que falou antes – também o primeiro-ministro sublinhou a mensagem da confiança – a palavra que o PS destacou nos seus cartazes. "Valerá a pena suscitar nas próximas eleições o problema político da estabilidade governativa, da confiança e segurança que um Governo precisa de ter para fazer o que é preciso", defendeu.

Em contraste com Paulo Portas – a quem coube lançar as críticas mais directas ao PS – Passos Coelho apenas referiu os partidos mais à esquerda quando lembrou a vitória do Syriza na Grécia e a esperança de uma viragem em Bruxelas. "Esses hoje ninguém os ouve, desapareceram do nosso debate", disse.

Se Paulo Portas falou nos “aventureirismos” das propostas do PS, Passos também lembrou que a coligação é um exemplo de responsabilidade. "Não há razão para euforias, não prometemos o céu e a terra, mas trabalho, dedicação e inconformismo", defendeu.

Em vésperas das legislativas, a festa do Pontal serviu para apresentar os cabeças de lista do PSD (e os primeiros nomes do CDS). Ao som do hino da coligação, que tocou sem parar quase toda a noite, Passos Coelho e Paulo Portas também subiram ao palco para receber umas ofertas da distrital laranja: um cinto para o líder do CDS e uma capa em cortiça para um tablet para o líder do PSD.

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