FMI, de indesejado a imprescindível

O Parlamento grego já deu luz verde ao novo memorando de entendimento com a troika que faz com que o país se comprometa com um novo programa de reformas e de austeridade, recebendo em troca um cheque de 85,5 mil milhões de euros. A grande incógnita agora é saber se o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai ou não participar no resgate. Como explicava ontem o ministro das Finanças da Finlândia, Alexander Stubb, “temos uma espécie de Catch 22 para resolver: o FMI quer estar envolvido no resgate grego, mas só se houver perdão de dívida; e nós queremos que o FMI esteja envolvido, mas nós não queremos que haja um perdão de dívida”. Não deixa de ser irónico que esteja nas mãos do FMI — que o Governo do Syriza queria há uns meses e a todo o custo afastar das negociações — a chave para salvar a Grécia. Qualquer solução que não seja aliviar o fardo da dívida grega (seja com perdão seja com renegociação agressiva) será hipotecar o futuro dos gregos.

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