Adidas compra aplicação de corrida Runtastic
Empresa austríaca foi fundada há cinco anos e tem 70 milhões de utilizadores registados.
A multinacional alemã Adidas comprou a empresa austríaca Runtastic, criadora da aplicação homónima que se tornou muito popular entre os praticantes de corrida, um segmento de mercado que teve um grande crescimento nos anos recentes.
O negócio atribui à Runtastic, que foi fundada há cinco anos, uma valorização de 220 milhões de euros. “Esta compra reforça o compromisso do grupo Adidas em inspirar e permitir que atletas de todos os níveis aproveitem nas suas vidas o poder do desporto”, afirmou a Adidas em comunicado.“O grupo Adidas encontrou o parceiro perfeito, que entende totalmente o potencial de convergência do desporto, do digital e dos dados num mundo permanentemente conectado.”
A profusão de pulseiras desportivas, de aplicações para telemóveis e de relógios inteligentes — como os da Apple, LG e Samsung — têm cativado o interesse de muitos atletas amadores interessados em medir os respectivos desempenhos (e, muitas vezes, partilhá-los nas redes sociais).
Para além da aplicação de corrida, a Runtastic desenvolveu muitas outras, todas relacionadas com a saúde e a auto-medição, um fenómeno que tem somado adeptos. Por exemplo, duas aplicações destinam-se a praticantes de ciclismo, ao passo que uma outra pretende analisar os padrões de sono e melhorar os hábitos dos utilizadores para que estes durmam melhor. As aplicações foram descarregadas 140 milhões de vezes e têm 70 milhões de utilizadores registados e interessados em guardar todo o tipo de métricas sobre si próprios. A empresa também comercializa dispositivos como relógios, pulseiras desportivas e balanças.
O presidente executivo da Runtastic, Florian Gschwandtner (que co-fundou a empresa aos 26 anos), garantiu que a venda não trará grandes mudanças imediatas para os utilizadores e que a aplicação continuará a ser uma unidade autónoma dentro da Adidas.
“Podem estar a perguntar-se ‘Que mudanças para os membros da comunidade?’”, escreveu Gschwandtner, no blogue da Runtastic. “A resposta simples é: não muitas, mas, enquanto negócio, temos agora todo um novo mundo de possibilidades com que jogar.”
Desde 2013 que o grupo alemão Axel Springer tinha uma posição maioritária na Runtastic.