Andanças celebra 20 anos em Castelo de Vide

Festival reúne durante uma semana ritmos e coreografias de todos os continentes.

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Momento da edição do ano passado do festival de Castelo de Vide António Carrapato

O festival Andanças celebra o 20.º aniversário com sete dias de dança, música, partilha e festa, a partir desta segunda-feira, em Castelo de Vide, no distrito de Portalegre.

Promovido pela Associação para a Promoção da Música e Dança PédeXumbo, o Andanças - Festival Internacional de Danças Populares espera receber cerca de 40 mil visitantes até domingo, numa área de 28 hectares, junto à albufeira de Póvoa e Meadas.

"Estamos a festejar os 20 anos e temos mais oferta cultural para os visitantes", disse à agência Lusa a coordenadora da iniciativa, Ana Martins, indicando que a 20.ª edição do certame reúne cerca de mil artistas de todo o mundo.

O Andanças é um festival que assenta em "quatro pilares": dança/música, voluntariado, comunidade e ambiente/sustentabilidade.

Contando, na parte logística, com cerca de mil pessoas, incluindo uma "grande fatia" de voluntários, o festival desafia os visitantes a "abandonar" a postura de espectadores para poderem assumir um "papel activo" nas actividades realizadas, nota Ana Martins.

De acordo com a organização, este ano vai também ser criado um novo espaço, inspirado nos palcos tradicionais de encontro e de interacção social pela dança. "O palco Terreiro é a novidade; nele vão decorrer apresentações de projectos musicais mais ligados à ruralidade, à tradição pura e dura", disse Ana Martins.

Com cerca de 500 actividades artísticas espalhadas pelo recinto, o Andanças vai também contar este ano, pela primeira vez, com uma feira de instrumentos tradicionais, onde os construtores de instrumentos irão mostrar e vender os seus trabalhos, partilhando técnicas e conhecimentos com os festivaleiros.

Pelos 11 espaços programados do festival vão passar mais de 50 grupos e projectos musicais, num total de mil artistas, havendo ainda espaço para a realização de oficinas de dança durante o dia e bailes à noite.

As "mais de 130 oficinas de dança" vão oferecer ritmos e coreografias dos vários continentes, com danças tão diferentes quanto tarantelas de Itália, círculos dos Balcãs, mazurcas da Polónia, urbanas, clássicas indianas, afro-colombianas, sapateado, forró, samba, bachata, swing, rock 'n' roll, cabo-verdianas, angolanas, africanas tribais, galegas, bascas, mirandesas e açorianas, entre outras.

De acordo com Ana Martins, na última edição, o Andanças recebeu "cerca de três mil crianças" e este ano vai contar com um espaço "privilegiado" para os mais novos e respectivas famílias, tendo sido criadas oficinas de dança nas vertentes de capoeira, colombianas, indianas, moçambicanas, portuguesas e urbanas, entre outras.

Segundo o presidente do município de Castelo de Vide, António Pita, o festival assume "uma importância muito grande" na economia da região, sobretudo nos sectores turístico e hoteleiro. "Neste momento, começa já a escassear a resposta à muita procura para pernoita, não só nos hotéis, como também em casas particulares, pois há uma maior adesão de pessoas que preferem ficar em casas para alugar", acrescentou o autarca.

Além da música e da dança, o Andanças tem ainda para oferecer aos visitantes oficinas de artes plásticas, gastronomia e artes e ofícios, além de cinema, sessões de contos, oficinas de naturalistas, circo e teatro.

 

 

 

 

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