Pedalar na função pública

Do francês bicyclette, mas também do latim bis, “duas vezes”, a que se junta, do grego, kyklos, “círculo, roda”. Uma “bicicleta” é um “velocípede de duas rodas, de igual diâmetro, sendo a da retaguarda accionada por um sistema de pedais que actua sobre uma corrente”. Faz maravilhas pela saúde e pelo ambiente. Por isso, os funcionários públicos foram convidados a usar este veículo. Se já havia mobilidade na função pública, agora faz-se de bicicleta, quando não de carrinho…

Esta sugestão integra-se num conjunto de medidas para reduzir em 20% as emissões de C02 dos automóveis do Estado e também os gastos com combustível. É o programa para a mobilidade sustentável Eco.com.

O dicionário explica que uma “bicicleta de montanha” está “especialmente preparada para percorrer caminhos e estradas de montanha” e que uma “todo-o-terreno” está “preparada para resistir a todo o tipo de obstáculos”. Talvez seja esta a mais indicada para a função pública, sempre acusada de todos os males e sujeita a percursos espinhosos. Toca então a pedalar.

Menos tortuosos e mais felizes se tornam os caminhos de quem beneficia em África da iniciativa World Bicycle Relief, em que a distribuição de bicicletas por famílias em espaço rural resulta num grande aumento da qualidade de vida das populações. (E qualquer um de nós pode ajudar.)

No futebol, “bicicleta” “é o mesmo que puxada ou puxeta, porém, estilizada pela atitude do jogador”. “No turfe [corridas de cavalos], diz-se do jóquei que não usa os estribos.” Em Pernambuco, no Brasil, pode chamar-se-lhe “gangorra”. Coloquialmente, a palavra é usada como sinónimo de “esposa”. Com carinho.

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