Festival Zona Não Vigiada leva Skepta a Chelas

Será a 26 de Setembro, numa parceria da Casa Conveniente de Mónica Calle com a associação Filho Único.

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Skepta, pioneiro e figura central do renascimento do grime em Londres DR

Foi há cerca de dois anos que a encenadora Mónica Calle deixou o Cais do Sodré, em Lisboa, para instalar a sua companhia Casa Conveniente/Zona Não Vigiada, na Zona J, no coração de Chelas. Desde então, a companhia tem tentado, com os seus espectáculos teatrais e outras acções, criar novos percursos dentro do bairro, captando moradores para actividades a que por norma não têm acesso, ao mesmo tempo que enceta movimentos do centro para a periferia, trazendo públicos à Zona J que ali normalmente não viriam.

É com isso em mente, e também com a consciência da importância da música na vida do bairro, que a companhia propôs uma colaboração à associação Filho Único – que, através da actividade da editora Príncipe, tem desencadeado movimentos semelhantes – para a realização de um festival na Zona J, o Zona Não Vigiada. Será a 26 de Setembro, entre as 15h30 e as 21h, com entrada gratuita, numa ampla zona entre torres habitacionais.

Para o evento estão confirmados nomes como o do inglês Skepta, um dos pioneiros e ao mesmo tempo figura central no renascimento recente do grime, a música urbana que abalou Londres nos anos 2000 e se propagou globalmente. DJ Firmeza e DJ Maboku representarão a editora Príncipe, com música electrónica de dança, serpenteante e inovadora. Para aproximações ao rock haverá as Pega Monstro, o duo das irmãs Maria e Júlia Reis, que acabaram de lançar o segundo álbum, Alfarroba, e os Iguanas, seguindo uma estética mais abstracta, simbiose de ritmos e blues.

Para completar o cartaz haverá ainda a guitarra de Norberto Lobo, desta vez a solo, em nome próprio, apesar de ao longo dos anos não se ter cansado de partilhar os palcos e o estúdio com outros músicos.

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