A Editora Pearson confirmou que tem planos para vender a participação de 50% que detém no Grupo Economist, que edita a prestigiada revista económica The Economist.

A informação do grupo editorial acontece poucos dias depois da venda da participação no Financial Times ao grupo japonês Nikkei. O Financial Times, citando fontes anónimas, já tinha avançado este sábado a existência de negociação para mais uma venda por parte da Pearson, que pretende focar-se na actividade de edição, para a área da educação.

Um porta-voz da editora confirmou a existência de negociações com o Conselho de Administração do The Economist Group em relação à venda da participação de 50% no grupo, mas salvaguardou que “não é certo que o processo conduza a uma transacção".

A empresa também não avançou com nomes de potenciais compradores, mas segundo a BBC, a família Agnelli de Itália já disse que estava em negociações para aumentar a sua participação no Grupo Economist, onde controla, através da Exor, uma participação de 4,72%.

Para além da Pearson, são accionistas da empresa os grupos empresariais Cadbury, Rothschild e Schroder.

Os 50% detidos pela Pearson permitem apenas nomear 6 dos 13 administradores e a operação terá de ser aprovada por um conselho independente.

De acordo com a notícia do Financial Times, a participação de 50% está avaliada em 400 milhões de libras (cerca de 565 milhões de euros). O jornal adianta ainda que é possível que a venda esteja concluída durante o Verão.

O grupo Economist inclui revista The Economist, a empresa de estudos e pesquisa Economist Intelligence Unit e a publicação de informação legislativa US CQ Roll Call.

A venda do Financial Times, anunciada na passada quinta-feira, foi feira por 844 milhões de libras (cerca de 1192 milhões de euro).