Meg Stuart, Rodrigo García e Christian Rizzo: três pistas para a rentrée do Rivoli

Último quadrimestre de 2015 terá 24 estreias, seis das quais internacionais.

Foto
D’après une histoire vraie, de Christian Rizzo, chega ao Rivoli no final de Setembro MARC DOMAGE

Não é ainda tudo o que sempre quisemos saber sobre o último quadrimestre do primeiro ano de vida do novo Teatro Municipal do Porto (TMP) – a conferência de imprensa em que Tiago Guedes, o director artístico, anunciará o que há para ver até Dezembro está marcada para o início de Setembro –, mas já são algumas pistas.

Antes de lá irmos, um aviso à navegação: até ao fim de 2015, a agenda vai mesmo continuar desmesuradamente preenchida, até porque parte substancial das encomendas de Tiago Guedes para a sua primeira temporada à frente do Rivoli e do Teatro do Campo Alegre produzem agora finalmente os seus efeitos. “O último quadrimestre deste ano vai ser especialmente exaustivo: além das estreias de todos os espectáculos que encomendámos, teremos o Festival Internacional de Marionetas do Porto, o Circular – Festival de Artes Performativas, o Porto/Post/Doc, a Festa do Cinema Francês… Em 2016 sim, vamos abrandar, mas neste primeiro ano era importante que o máximo de pessoas e o máximo de actividades passassem por aqui”, explicou ao Ípsilon Tiago Guedes.

Resumindo: teremos o mês de Agosto para recuperar o fôlego, antes de voltar a ser a correria dos últimos meses. Pelas pistas avançadas ao Ípsilon, é correria para se justificar outra vez: Setembro e Outubro serão meses Meg Stuart no Porto (a coreógrafa americana, actualmente radicada entre Bruxelas e Berlim, vai estar em residência no TMP a preparar a sua nova criação para 2016 e a abrir os seus workshops aos artistas e à comunidade), e também meses de reforço da aposta na programação internacional, com a estreia em Portugal dos novos espectáculos do dramaturgo e encenador argentino Rodrigo García, Quatro, e do coreógrafo francês Christian Rizzo, D’après une histoire vraie, para dez bailarinos e dois bateristas. Em ambos os casos, é a continuação de uma história antiga com o público português: Rodrigo García foi durante vários anos, antes de se tornar uma pequena celebridade do teatro europeu, uma das atracções do muito particular star-system do Citemor – Festival de Montemor-o-Velho; e Christian Rizzo apresentou várias das suas criações na Fundação de Serralves.

Programação internacional à parte (faltam aqui quatro outras estreias, das seis que Tiago Guedes programou), e tal como nos quadrimestres anteriores, muitas companhias da cidade vão voltar a encontrar no TMP a sua casa: haverá 18 estreias e/ou co-produções com estruturas e criadores nacionais, incluindo os novos espectáculos do Teatro da Palmilha Dentada, da coreógrafa Né Barros e dos Radar 360º, vencedores da primeira Bolsa Isabel Alves Costa.

São só primeiras ideias para começar a apontar na agenda, enquanto ainda não está cheia. Tudo o resto – centenas de acontecimentos, grandes ou pequenos, a avaliar pelo precedente dos últimos meses – saberemos no fim do Verão.

Sugerir correcção
Comentar