Os homens são cobardes por não quererem ir à tropa?

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No dia 11 de Maio, mais de 37 mil homens foram chamados a cumprir serviço militar na Lituânia. Dois terços dos lugares foram preenchidos por voluntários, os restantes foram seleccionados aleatóriamente. O projecto intitulado (ironicamente) "They won the lottery" ("Eles ganharam a lotaria") faz o retrato simbólico de jovens recrutas que tiveram que apresentar-se contra a sua vontade. O seu protesto nas redes sociais foi alvo de críticas severas por parte da opinião pública, que não hesitou em apelidá-los de "pouco másculos" e "cobardes". A fotógrafa lituana Neringa Rekasiute e a actriz e apresentadora de televisão Beata Tiskevic-Hasanova criaram este projecto na esperança de demonstrar quão perigosa pode ser a expectativa associada ao género. "É esperado de um homem que seja racional, não emocional e agressivo. É muito importante que nós, como sociedade, ensinemos os homens a expressar as suas emoções e não a forçá-los a cumprir o papel estereotipado que lhes é incutido." Em entrevista ao P3, Neringa disse que a televisão nacional lituana chegou a chamá-las de traidoras à pátria por terem desenvolvido este projecto e explica: "O serviço militar obrigatório na Lituânia foi reimplementado sem qualquer debate público, aconteceu de um dia para o outro. É baseado no princípio da lotaria, um sistema que achamos ser anti-democrático e pouco eficaz. Claro que devido às agressões da Rússia à Ucrânia e à ameaça que isso representa para a Lituânia, o país quis agir no sentido de proteger-se. Este é um tópico muito sensível na Lituânia. Eu e a Béata fomos chamadas de traidoras do Estado na televisão nacional. Não acho que essa seja a melhor reacção perante um projecto artístico num país democrático." Ana Maia

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