Selecção feminina faz história

Contra todas as expectativas, Portugal conseguiu o terceiro lugar e vai disputar a repescagem mundial para os Jogos Olímpicos

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João Peleteiro

A selecção nacional feminina de sevens conseguiu neste domingo alcançar uma proeza histórica em que poucos acreditavam. Competindo contra adversários com outros argumentos e muito mais rodagem a nível internacional, as portuguesas garantiram o terceiro lugar no torneio europeu de repescagem para os Jogos Olímpicos e continuam na luta por um lugar no Rio de Janeiro. No próximo ano, Portugal disputará a repescagem mundial.

Depois de um primeiro dia muito positivo, onde a selecção nacional conseguiu bater de forma clara a Alemanha e Dinamarca, Portugal defrontou nos quartos-de-final a Itália, formação que há um mês, no Circuito Europeu, tinha derrotado as portuguesas. O jogo, como se previa, foi equilibrado, mas as transalpinas foram as primeiras a marcar e chegaram ao intervalo a ganhar por 5-0. Todavia, com a garra habitual, as jogadoras nacionais não deixaram de lutar e na segunda parte deram a volta ao resultado, com um ensaio de Catarina Ribeiro, muito bem transformada por Daniela Correia, que garantiu a Portugal a meritória vitória, por 7-5.

Nas meias-finais, a exibição nacional voltou a ser excelente, mas perante uma Irlanda com outra rodagem, as portuguesas não tiveram hipóteses. Porém, Portugal esteve a ganhar (ensaio de Chistina Ramos) e o jogo manteve-se equilibrado até as irlandesas ficarem em superioridade numérica. Com menos uma jogadora em campo, as portuguesas quebraram e a Irlanda aproveitou para construir uma vitória por números exagerados: 28-5.

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Restava apenas uma hipótese à selecção nacional para continuar a sonhar com os Jogos Olímpicos: derrotar a Holanda, que há três semanas tinha vencido Portugal por claros 28-0. O favoritismo era total por parte das holandesas, mas as jogadoras portuguesas voltaram a ser brilhantes, no jogo de apuramento do terceiro e quarto lugar.

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A Holanda até começou a dominar e chegou primeiro ao ensaio (0-5), mas com uma atitude irrepreensível, as jogadoras nacionais pegaram no jogo e deram a volta ao marcador, com ensaios de Daniela Correia e Isabel Osório, alcançando uma vitória (12-5) e um objectivo que ficam na história do râguebi feminino português, apesar da falta de apoio recebido ao longo do último ano.

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