Uma nova tenda para um novo circo

O Circo Girandum abre já este domingo: é uma estrutura como nunca houve em Portugal.

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Primeira escala do Circo Girandum: o Parque da Juventude de Famalicão, onde será inaugurado no domingo

O festival já existia, a tenda fixa não: é já este domingo, no último dia do Vaudeville Rendez-Vous, que o Parque da Juventude de Vila Nova de Famalicão recebe, para um baptismo e uma festa de inauguração, a tenda vermelha do Circo Girandum. Aí funcionará a sede mais ou menos permanente de uma nova estrutura dedicada à criação e à difusão de uma disciplina tradicionalmente nómada, as artes do circo, e em particular do seu cruzamento com o teatro, a dança e a música ao vivo.

A ideia é que o Circo Girandum – um circo a sério – possa andar tanto quanto possível em digressão pelo país, parando pelo caminho para ensaiar e mostrar os seus espectáculos e para espalhar as práticas do circo contemporâneo, por vezes formatado para as salas de espectáculo e não necessariamente para o chapitô. Mas há outro aspecto que torna o Circo Girandum um projecto inédito em Portugal: será, garante a organização, o primeiro no país sem números de animais, e rigorosamente vocacionado para a criação de espectáculos próprios, o acolhimento de projectos externos e a formação descentralizada de novos artistas de circo, nos locais onde vier a estacionar.

O baptismo da tenda e a respectiva festa de inauguração estão marcados para as 19h30 deste domingo, encerrando mais uma edição do festival Vaudeville Rendez-Vous, que este ano traz cinco espectáculos ao centro de Famalicão, além de uma programação paralela que inclui filmes com pequeno-almoço, animação de rua, workshops e concertos. A entrada é sempre gratuita.

 


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